terça-feira, janeiro 14, 2020

Desde 2006

Os conhecimentos daqui, de um mundo apenas de imagens e palavras escritas: lugar surdo-mudo.
Raramente sou capaz de os apagar, aos blogs que aqui permanecem ao lado, muitos deles inactivos há alguns anos. Porque 2020-2006=14 anos por aqui, a olhar-me e a olhar as pessoas, é muito tempo.
Na adolescência ou na velhice. Os anos entre elas (14-60) escorregam devagar, de tantas ocupações, trabalho, filhos, amigos, saídas, doenças.
Viraria o meu número de anos ao contrário, sim. E faria a maior parte das coisas de diferentes maneira. Não pretendo "achar" que não me arrependo de nada, pelo contrário: repensar é refazer.

Vozes sem voz que enchem o meu silêncio como os pássaros enchem o espaço.
Da nascente à foz.



Por eles, blogs e escritos, vou a outros, ligados que são pelos meus gostos.
Reparo uma vez mais que são geralmente lugares de árvores, de plantas, de viagens, de jornalismo independente, de notícias de livros, música, literatura. Fios a que me deixo agarrar, pessoas atrás dos nomes que se calhar nem nunca me visitaram nem traço deixaram. São as minhas referências nestes anos últimos.
Ainda não foi desta vez que "os arrumei".



quarta-feira, janeiro 01, 2020

1º dia de 2020

Não sei que me parecia a mim própria não ter desejos neste ano novo, que flutua em números como cisnes 2 2 2...
Desejar que o tempo se abrilhante, que as mentes dos que me rodeiam se esclareçam, que se resista com saúde e com (menos) sobressaltos.
Esta rua de curva, estas nuvens de chuva, estas gaivotas de tempestade. Esta figura de anjo com asas.
Que o sol
que a vida
que a fraternidade
a temperança
muitas palavras esquecidas.
"um ano ditoso" como dizia um postal de uma avó, em 1924.
Porque não se usa o termo, ele me parece mais genuíno - em vez de tudo de bom...