quarta-feira, dezembro 21, 2016

Numa esquina

...do conhecimento. Com o espanto de tanta mudança, tanta bebida e comida (o que é, onde é, que as pessoas comiam há poucas décadas?), tanto hotel e derivados, tanta quinquilharia inútil, tantas coisas manufacturadas do outro lado do mundo?

Os anos passam cheios de interrogações e sem respostas.

Passei na "A Brasileira", apenas a fachada subsiste. Há mais de um ano soube-se do roubo, de todas as peças de latão ou madeira, espelhos, candeeiros, puxadores de portas, existências com história, de um passado de glamour e convivência portuense, que lá dentro existiam. Nada se ouviu e um roubo destes não se faz "com habilidade" mas com um grande descaramento e impunidade.

 Será agora mais um (mais um) hotel de 5*****

As portas que se abrem são apenas portas de cartão tal qual as brincadeiras de Natal: alguém nos come os chocolates.


sexta-feira, novembro 18, 2016

Ao cair da noite...

...foi o desafio PPP

na "outra semana".
Com reticências e tudo!
Estive reticente também. Por vezes acontece passar dezenas de fotografias pelos olhos (dos amanheceres há muiiito menos!). E há escolhas que ponho de lado porque as (re)vejo nas minhas antiguidades e (me)falam.
Assim estas, de tantas épocas diferentes.



Serpa, uma cidade que me encanta e onde volto sempre com tanto amor e agrado!



sábado, novembro 05, 2016

Do PPP a sílaba "Go"

Um jogo semanal que me aguça o olhar e a inteligência há mais de 10 anos! Com uma mão cheia de amigos antigos e muita paciência. Elegantes.
A proposta era escolher a foto e a sílaba "Go" a propósito dela. Se, em primeiro lugar, pensei em muitas banalidades, logo me surgiram alternativas com as histórias dos tempos e lugares agarradas. Daqui e dali. Até pensei no Nat King Cole...
"Aquellos ojos verdes
de mirada serena...
serenos como um lago
em cuyas quietas águas
un dia me miré..." e por aí fora!
Ao correr dos olhos e da(s) pena(s):

Dragoeiro



Argolas





Gótico

Gomil

Goraz

... e o Lago, como o escolhi, aqui em duas perspectivas diferentes
Com as flores que gosto, as pedras e conchas, os nenúfares, os reflexos, uma solidão perplexa olhando-me entre as árvores: quando ponho a mão na cabeça, depois das pausas.


quarta-feira, outubro 12, 2016

As partes avulsas do fim de férias

Sem tempo nem modo de escolher, vagueio pelos dias
de calor que foram,
de ondas que acariciam,
de ventos que levam,
de pássaros que passam.






(das conchas pequeninas para a minha pequenina)




(das flores e ramos roubadas aos muros silenciosos)




E eu assim, sem jeito de ficar ou de ir, medindo os dias com o funil das horas,
contando os passos com a bússola do sol,
prometendo voltar
(mesmo com sacrifício duma bolsa pouco funda, dum conforto espartano, dum enorme carregamento do que é indispensável).
Conforta-me os invernos nortenhos, este ar de Sul-azul.
Um V de voltar, como as aves.



quarta-feira, setembro 14, 2016

A mais pequena

Até um depois
deixando um durante
Apontamento-lembrança de ilha mais pequena que a maior.
À sorte, que ela é toda linda!