Depois de secretariar as minhas ligações, faço hoje o que gosto, finalmente.
Que é ter, ver outra vez e mostrar, os preciosos momentos em que os meus olhos estavam felizes! Sem qualquer pretensão extrapolada de bytes, zooms, luz e aberturas de lentes. Algumas vezes, os diabinhos dentro das máquinas avisavam "coisas", mandavam sinais. Mas eles não me conhecem pessoalmente e muito menos o poder do meu instante olho/dedo. Todas as minhas fotos são pessoais e intransmissíveis a não ser quando as dou. Estas são somente reportagem de momentos com dois bs: Belos e Bons.
Começo pelos meus azulejos, apoteose da escrita e da imagem em azul, em ocre. Sentimentos religiosos, promessas e avisos, amorosos, divertidos, meras lembranças de alguém desaparecido, indicações úteis ... algumas são delícias que um dia irão desaparecer sob o picão do pedreiro e a ordem do "arquitecto". Nós sabemos como é: desatam a modernizar (o que para muitos quer dizer destruir) e lá vai desenho, calçada, canteiro, ferro forjado em poema, pedra lavrada substituída por um leão sorridente ou vidro martelado. Durante anos me espantei com uns pilares à entrada duma casa/moderno palacete na Av., onde havia dois bichinhos pintados de castanho, pata erguida sobre uma esfera ??? com dentes muito arreganhados e brancos...
Mas se me ponho a pensar nos lagos do "mijãozinho" e nas entradas com estátuas de busto melancólico, adeus tempo de Azulejar. Pronto. Ponto.
terça-feira, junho 27, 2006
Tempos de trazer/prazer/lazer
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