Penso/escrevo...
“Vou ser breve. Quero ser breve. Não sei se consigo.
A única “alegria” que me deu o teu telefonema foi ter-me certificado de que te recordas de mim. Como eu de ti. Das minhas coisas. Antigas porque as outras não as conheces. Como eu as tuas.
Tiveste, mais uma vez, o cuidado de tornar isso um acaso, como tantas vezes dizias “Percebes, …?” e respostas não escutavas.. Falamos dialectos diferentes o que não significa que não nos entendamos para além de palavras. Aceitar é outro assunto. Importar com … é outro assunto. Fui sabendo de ti pelos pontos comuns que temos. Deixei de perguntar. Felizmente as … fizeram a ponte, a única ponte possível porque foram aparecendo (tu foste uma ferida aberta muito tempo).
A pequenita dizia “…falas à Puerto…” . Isso eu aceitava duma miúda. Tudo o que foste dizendo a mim ou de mim, não aceito.
Contudo, esta é a forma privilegiada de falarmos. Temos teclas para arrumar coisas, delete, trash, turn off. Se não fôr para nos tratarmos BEM e digo BEM mesmo, nem vale a pena a gente falar-se ao telefone ou aqui. Tenho tentado pôr coisas e pessoas de lado porque estou igual a mim mesma. Ainda ando a aprender a proteger-me. Ainda não sei. Gosto mais de estar só ou sair, daqui. Continuo a sofrer mas evito. Lembro milhares de coisas e tal como disse, a memória é – a maior parte das vezes – uma cama de sacrifício. Gosto desta imagem porque tem pregos com a ponta para cima. Se puder evitar, deito-me noutro sítio.
Muitas vezes pensei que se não tivesses sido como (és), a tua casa seria um lugar onde me poderia acolher, melhor que a minha e longe. Tantas vezes a desejei ter. Nas doenças e nas solidões. Nas fugas e no desemprego. Era capaz de entrar nela de olhos fechados e ir reconhecendo as coisas com os dedos.
O meu … é óptimo e é bonito. Tudo o que poderíamos querer e mais o que nos surpreende e orgulha. Ele vive e trabalha há dois anos aí. Foi-me difícil aceitar o sítio. Estava riscado do meu mapa; nós sabemos bem porquê, tal como durante anos e anos esteve nele. Assim como a minha área para ti, fora do teu percurso sem eu saber porquê. E já vou longe, acabo agora.
Não sem o gosto de te mandar uma foto de … com quem nunca falaste e que nunca viste. Como eu falei e vi as tuas filhas, grandes, gostando sempre delas.
Apropriadamente….
terça-feira, junho 27, 2006
Resposta a Sábado
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