segunda-feira, abril 07, 2025

S. Miguel - a lembrar

Faz tantos anos! Lembrei hoje a propósito de alguém que por aqui conheço e que lá foi agora. Estivemos em S. Miguel, só esta no grupo de todas as ilhas encantadas, uma única vez, em Abril de 2006. Foi um passeio em excursão Inatel e, sempre que possível, fugíamos do aglomerado de gente tão diversa dos nossos gostos e modos. Assim há coisas que vimos "sem programa", apenas porque não nos interessavam grandes explicações e pessoas sempre a falar, a falar, a correr... para as refeições e a esgotar-nos a paciência em cada paragem. Só desejávamos ver ver ver.

Foi, contudo, interessante andarmos às voltas na viagem e a guia ter chamado a atenção: que apenas daquele ponto se via a ilha, lado norte e sul. Aí, entre o vidro e as nuvens, um olhar rápido do laço no mar: provavelmente entre a Ribeira Grande e Lagoa. Fotos captadas à sorte, gostei agora de as rever.


 

Como aprendemos que ali fazem as 4 estações do ano no mesmo dia, é claro que nesse momento estava tão cinzento que parecia ir chover, além dos nevoeiros saltitantes entre os montes que muitas vezes apanhámos. Nos dias de sol é realmente uma paisagem que se nos agarra aos olhos abertos, as cores, as diversidades da flora exuberante, as águas, os relevos, os precipícios verdes por onde rolam pedras e flores.

Saudade de ilhas.

 

 

1ª semana de Abril 2025

Vem à colação... que piada quando me surgem estes termos tão pouco ouvidos mas que flutuam neste grande lago das ideias e memórias!

Na primeira semana, tivemos de desencantar uma "Fantasia vs. Realidade / Mentira vs. Verdade". Debruçada neste meu mundo internético paralelo, e claro que não posso descrever/escrever todas as mentiras que vou vendo/ouvindo, encontro uma boneca antiga, que andou de mãos em mãos pequenas 

Lembro-me das histórias da minha infância e de como as fantasias de então se tornam realidade, através dos tempos do conhecimento que vamos adquirindo. Andam todos por aí, maus, bons e assim-assim: a menina com o cestinho de bolos, o lobo mau, a avó velhinha na casa da floresta, o lenhador-salvador. É o que sinto de cada vez que vejo o mal que fazem às crianças. A fantasia torna-se verdade, na doença, nas guerras, no engano.

Nota: esta bonequinha em pano foi comprada em Arouca, há muitos anos. Foi feita à mão, de forma a virar-se ao contrário e encontrar a representação dos vários personagens intervenientes na história. E serviu, entretanto, outras crianças, a quem as avós contaram e embelezaram o velho conto de Charles Perrault (1628-1703), dado que, nestes tempos que correm, a história nunca seria considerada “politicamente correcta”…

E já agora, aqui estão respectivamente, o Lobo Mau e a Avózinha de óculos na ponta do nariz:


 
Foi dada, com outros brinquedos. Oxalá tenha encontrado uma menina apreciadora e uma avó dedicada a explicar a história!



domingo, abril 06, 2025

Março e o PPP - últimas semanas

Quando e como fujo nem sei. Vi que me faltavam algumas das propostas do mês passado. Escolhidas ao molho, são peneiradas até ficarem as preferidas e a publicar. As outras são passagem por "ideias".  

Das duas últimas semanas de Março: Postigos, Ameias e matacões

Um postigo com a beleza do tempo perdido, espreitado.

Foi num passeios há mais de duas décadas, o Castelo de Estremoz, passagem (e andagem com algum cuidado) pela borda das enormes minas esburacadas, de mármores coloridos. Alguns anos mais tarde iria abater a estrada por onde se passou. Há algum tempo li que "não foram achados" culpados...



 

E com a cruz se sanciona vigiar e abater o inimigo...

Esta acima é uma imagem do Palácio da Pena, abaixo o Castelo do Queijo em contra-luz

A fotografia com oliveira antiga tem grandes recordações: foi pensada uma visita, almoço e volta pelas vinhas, na Herdade do Esporão. Não havia grupo para a excursão e por isso tivemos de convencer a guia a levar-nos de jipe, visto que tínhamos marcado com antecedência. Esta é a torre defensiva, construída no séc. XV, que por lá fica, no meio de nada, e serve de símbolo nos rótulos da marca. Foram recuperados vestígios arqueológicos interessantes, como este coelho...


Ao lado, a Igreja de Nª Srª dos Remédios que mal pudemos visitar e vistoriar, como eu aprecio fazer. 

Do que queríamos ver pouco ficou visto pois que não éramos "nem importantes, nem estrangeiros, nem compradores". Mesmo assim, gostei do passeio e do almoço. A arte está muito ligada a esta instituição, ainda mais porque se viam quadros e esquiços de pintores conhecidos desenhados para o logótipo de vários tipos de vinhos da marca.

A verdade é que gosto de visitar plantações de olivais e vinhas, adegas. São sempre lugares amplos, ensolarados, as vinhas e os caminhos. Quanto às adegas, muitas conservam o seu toque antigo, com belas arcadas penumbrosas.