sábado, junho 21, 2008

Dia de Solstício






Há coisas que se juntam como as marés vivas nas praias: trazem o abandono das algas.
E lixo escusado.
Levantam-se as gaivotas-lembranças-alvoroçadas.
***
Tenho pena de perder o tempo do dia mais longo do ano sem ser entre as ervas e descalça.
Nem o mar perto.
Nem as minhas pedras.
Justamente, corpos de madeira esculpidos e esquecidos.

40 comentários:

Justine disse...

Mar de sargaços,trazêmo-lo qnatas vezes dentro de nós.
Anda, anda lá para fora para a relva e para o sol, e só entramos quando aparecer a primeira estrela ou o primeiro pirilampo. Queres?

Helder Ribau disse...

Olá...

vim visitar este (en)canto.. e dizer que regressei...

Helder

tulipa disse...

Olá
Também eu lamento ter perdido o dia mais longo do ano, aqui enfiada em casa, a trabalhar...
sem companhia, para onde eu iria?
É triste.

O que eu tenho para oferecer é uma visita virtual aos glaciares, se estiveres interessada, vem comigo.

Ou então, uma sugestão bem mais perto: que tal uma visita à Rota das Tabernas?
Huuummmmm, que cheirinho a jaquinzinhos fritos.

Bom domingo.
Abracinhos.

teresa g. disse...

Ainda há alguns dias grandes para vir! Não é verdade que os festejos por aí se prolongam pelos próximos dias? ;)

Beijos, dias grandes e lindos!

Mar Arável disse...

Há dias assim

nem sempre nos apetece salvar o mundo

só ajudar

Manuel Veiga disse...

descalça sobre a relva...
livre!

gostei mto.

busillis disse...

Valha-nos o nosso pensamento e a nossa visão que pode fazer milagres...Por vezes é assim!
Abraço

tufa tau disse...

mas que as fotos estão bonitas, lá isso estão!

abraço

A Lusitânia disse...

as tuas palavras são algas entrelaçadas, de novo, nos teus cabelos

D. Maria e o Coelhinho disse...

GRANDES OS DIAS SIM!

GRANDE A MÁGOA


MINHA



D MARIA

Rodrigo Fernandes (ex Rodrigo Rodrigues) disse...

O dia mais longo do ano é, desde há oitenta anos, o dia do aniversário da que é, agora, a minha sogra. Não é por isso que é o mais longo. Já o era! Almoço discreto com dezenas de familiares num sítio muito verde e fresco, por isso agradável.

Nada de mar ou de praias que deixei de pisar desde que há uns anos regressei na minha caravela.

Agora que nos orientamos para o sul, em Alban Hefin, é tempo de dar de nós e recobrar energia. Salvé!

Alien8 disse...

Bettips,

Em todo o caso, sempre desencantaste umas fotografias excelentes!

São tuas, suponho?

Que o Verão te seja risonho!

Beijos.

mena maya disse...

Onde foste encontrar esta praia cheia de algas, como no meu tempo de criança?
Linda e que saudades desse cheiro a maresia...

Beijinho

nana disse...

e eu....

mas o mar visitou-me nas copas das arvores sopradas pelo vento de dia tao nublado que o proprio solsticio se sentiu envergonhado




..

Madalena disse...

Tenho pena exactamente das mesmas coisas.
Os dias longos, na cidade, ficam ainda mais longos. E só.

Bjs.

Boas as fotos. :)

dona tela disse...

Quer espreitar o projecto do meu novo "profile"?

Muito obrigada, mais uma vez.

jlf disse...

Tanta alga e tanto sargaço, só mesmo na Póvoa e nas mais praias arriba dela...

E quantas revivescências nos não trazem o bando de "gaivotas-lembranças-alvoroçadas"?

Ms o meu maior destaque vai - claro - para o belo poema que é a segunda parte do teu post.

Que sensibilidade (coisa que, hoje, nem com Diógenes a alumiar-nos os passos, conseguiríamos, com facilidade encontrar. Aliás sentimento, mais que esquecido, rejeitado, pelos "bravos" dos nossos dias...)

Gostei.
Até...
Abraço

Teresa Durães disse...

longo tempo em que o festejava

Ruela disse...

viva a Liberdade e o ar puro em longos dias.



abraço.

Licínia Quitério disse...

Não perdeste o dia, não. Ele esteve em ti. Mansamente...

Beijinho.

Bichodeconta disse...

Ali está um recanto do que se pode chamar de paraiso.. Mar, areeal, Natureza.. De que mais eu precisaria?Por isso Deus me pos no mundo no solesticio de verão...um beijinho, ell

Era uma vez um Girassol disse...

Passei por ele e nem dei conta...
Sempre belo este canto!
Beijinhos da flor

O Profeta disse...

Imagens lindas...


Hoje o Sol pintou de luz o verde
As hortênsias são nuvens na terra
Plantadas por um deus romântico
No sortilégio que esta ilha encerra


Um sol de vida


Um mágico beijo

Maria P. disse...

Eu vou passando cada vez mais tempo junto do meu mar, sossega-me...
Obrigada pelas tua presença sempre carinhosa.

Beijinho*

AnaMar (pseudónimo) disse...

Fotos belíssimas.
Com excepção das gaivotas, parece que sentimos o mar da mesma maneira. E as pedras...
E andar descalça...
bj

Ana disse...

"gaivotas-lembranças-alvoroçadas" - moram em mim. Um bando delas.

Um abraço, querida bettips.

M. disse...

Já vim aqui várias vezes ver a tua praia, mas não digo nada porque nada sei dizer que valha a pena. Deixo apenas um beijinho.

Alberto Oliveira disse...

"... Justamente, corpos de madeira esculpidos e esquecidos."

Calou-se e baixou os olhos. Justino nunca soubera lidar com os discursos longos de Joana, sobretudo quando estes roçavam (ou apelavam?) a melancolia e preludiavam insustentáveis e penosos silêncios entre ambos. Jurou que desta vez a coisa não tomaria o rumo do costume.

"Muito bem! E o que julgas tu que me vai cá dentro, quando já não consigo lembrar-me da destreza das minhas mãos sobre as costas curvadas do Necas e do Licas no jogo do eixo?, das mesmas mãos que guiavam a gancheta, dando estonteante velocidade a um arco de madeira (qual volcípede sem pedais), em noites mágicas de Verão de um bairro lisboeta?! Achas que não também não tenho pena, achas?!"

Joana surpreendera-se inicialmente com o tom de voz inflamado de Justino. Mas percebeu-o.

"Está bem. Eu volto-me, descalço-me e apanho o cabelo com dois ganchos. Enquanto isso, tu vestes os calções e penteias-te com aquele risco para o lado esquerdo, Já está? Óptimo. Vamos lá então ver as fotografias do nosso contentamento."


abraço e até um dia destes.

dona tela disse...

Vou mudando o paradigma.
Beijos.

greentea disse...

ainda não fui à praia este ano, apenas no Inverno para andar a pé...

o tempo escasseia !

Patanisca disse...

Ai os meus pezinhos a sentir o gelo da água da praia, que friozinho bom que me sobe pelo corpo adentro e me deixa a cabeça a arder, como se fosse o sol mais ardente do ano. Beijinhos, querida bettisp. Gostei muito do seu "blog".

Anónimo disse...

Hoje as praias no litoral minhoto estão quase sempre assim, cheias de sargaço e argaço, pois os poucos lavradores existentes deixaram de ser sargaceiros, usam abudo em vez de estrume e outras modernidades. Este recanto é uma delícia que muito gosto de visitar. Boa semana.

Maria Laura disse...

Mas mesmo sem essa sensação de liberdade, o dia esteve em ti. Lembraste-te das praias de outros tempos. E da frescura dos pés descalços.

Lola disse...

bettips,

No solstício de Verão descalça na relva da floresta, a dançar a dançar...

Mas os tempos abriram caminhos no mar e as praias do Norte, com rochas e ondas altas, também são agradáveis de pisar, o cheiro das algas,é o cheiro a mar da minha infância...

No final de Agosto dançava-se na praia...

angelá disse...

Tanta coisa que se perde...

Anónimo disse...

Para mim o solestício de verão também é um dia em que só me apetece estar na rua, na praia no campo, mas principalmente junto ao mar. Infelizmente não posso. E assim passa o maior dia do ano sem quase darmos por ele. O mais triste é que os dias, a partir de agora, vão ficando cada dia mais pequenos e num instante chegamos ao Inverno...

della-porther disse...

melhor lugar que a praia não há.

bjs

della

hfm disse...

Em empatia com os meus olhos e sentires.

Um abraço.

Conceição Paulino disse...

perdi-me na noite. nua nadei no mar. irmã da água e de tudo o k existe. qnd a lua nasceu voltei à floresta a homenagear Gaia.________________________________________________
___________________obrigada________________________
________bjs
Luz e paz em teu caminhar

dona tela disse...

Estudei o acordo ortográfico.

Boa semana é o que lhe desejo.