terça-feira, setembro 18, 2018

Sabonetes do Brasil

Do Brasil não sei nada. Ou melhor, de hoje sei da vergonha.
De ontem, todos os escritores e artistas brasileiros que tanto lia e ouvia e cantava. 
De antigamente, muitas referências: desde a fuga dos nossos reis, - um rei frouxo D. João VI e uma rainha amalucada e megalómana D. Carlota Joaquina - e mais de 15.000 almas entre nobreza, clero e criados, e o afundamento ou perda das coisas preciosas/livros únicos da nossa história, que daqui levaram ou deixaram à sorte.
Todas as coisas têm uma origem e...uma consequência.
Quando recordo factos históricos e procuro referências, fico espantada!
Da adolescência, relembro que todos os conhecidos ou familiares destes tinham alguém emigrado nos Brasis. Alguns mandavam fotografias de praias, avenidas e chapéus brancos, ou se vinham a Portugal, traziam tecidos coloridos e histórias de pasmar.
Dos que cá estavam e mandavam lembranças portuguesas pelos navios de Leixões (azeite, chouriços, bacalhau...), há-de fazer-se outro apontamento, um dia.
Isto (tudo) a propósito duma oferta de sabonetes.


Transcrevo os dizeres da caixinha onde me chegaram por mãos amigas (espanholas) de passagem no Brasil, sabonetes com nomes preciosos como Odor de Rosas, Amazonian, Toque de Lavanda, Raiz do Oriente... E como o mundo dá voltas e voltas:

"Em 1930, os primos portugueses Antônio e Maria Santiago fundaram em Belém - no coração da Amazônia - a Perfumaria Phebo. A marca se inspirou na riqueza das águas da cidade, na arquitectura da Belle Époque e na riqueza das especiarias para criar fragâncias marcantes e originais, que elevaram a Phebo ao topo das empresas mais respeitadas da perfumaria brasileira."
Com este apontamento me vou, levando um deles para abluções em lugares quentes,

 tocando as teclas das pedras velhas.

2 comentários:

Isabel disse...

Gostei muito das fotos.

Bom fim-de-semana:))

Mar Arável disse...

Que vivam as pedras