sábado, maio 01, 2021

Abril de coisas comuns, no PPP 2

As minhas escolhas semanais de fotos/temas, como sempre, são inúmeras. Preterindo umas, preferindo outras, sem razões que não sejam as do instante em que as olho.

Dia 15 – Ir ao jardim, tudo à beira Douro, à beira mar




“Passeio Alegre” recordando Eugénio de Andrade

Chegaram tarde à minha vida 

As palmeiras. Em Marraquexe vi uma

Que Ulisses teria comparado

A Nausicaa, mas só no jardim do Passeio Alegre

Comecei a amá-las. São altas

Como os marinheiros de Homero.

Diante do mar desafiam os ventos

Vindos do norte e do sul,

Do leste e do oeste,

para as dobrar pela cintura.

Invulneráveis – assim nuas.

(“Rente ao Dizer” 1992)

 Dia 22 – Andar na cidade


Já me custa até o esforço das palavras. Nas ruas vazias.

Mas o túnel pode ser passado... e o meu maior desejo é poder brincar fora de portas!



 
Dia 29 - Visitar um museu



Como disse A. no seu desafio anterior, tal qual eu me senti ao escolher as minhas propostas deste Abril: “fora de pé”, “lenha para me queimar”, sei lá… coisas que a gente faz sem querer. O certo é que me surgiram milhares de sugestões, jardins, cidades, museus, tudo aquilo que eu gosto de ver, fotografar e tratar. Decisões cheias de porquês.

Esta uma foto conhecida mas sempre misteriosa, do relógio e da vista de Paris, a partir do interior do Museu d’Orsay. Estação ferroviária do ano 1900, foi centro de acolhimento de prisioneiros e deportados, em 1945. O Museu só foi inaugurado em 1986.

***

E deixo todas as que me surgiram na ocasião dos "museus" e as minhas relevâncias do instante em que andei a escolher:

Foz Côa, em 2003, quando se visitou e nem havia museu, uma caminhada e lugares inesquecíveis




Acima e abaixo, fotos no "estrangeiro":




 
As meninas que fomos, "as três graças" que éramos




Gestos de ternura, que são os melhores que podemos ter!


5 comentários:

Rosa dos Ventos disse...

Belas fotos nada comuns!

Abraço já em Maio

bea disse...

Gostei das fotos. todas lembram lugares, passeios, idas. Movimento.
Tenho memória dessas palmeiras do Passeio Alegre de que não sabia nome; e da árvore de ramos retorcidos e tão lindo desenho que reparei quando passei por ela. Sem as flores. Só mesmo um poeta para comparar a palmeira que viu em Marraquexe a Nausicaa.
Encantou-me o Quai D'Orsay, aquele interior de gare de comboios tem extraordinária beleza. A gente prende-se a ele, é a melhor introdução à pintura que nos espera.
Bom dia, bettips.

Justine disse...

Encantam-me aqueles troncos retorcidos, EdA continua a maravilhar-me, tenho uma saudade imensa de Paris, e partilho totalmente as recordações de tudo o que de bom se foi vivendo ao longo dos anos que já são muitos.
Foi uma boa viagem com as tuas palavras e fotografias, B.

M. disse...

Uma extensão do outro lado. Para lá do outro lado.

Maria disse...
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