domingo, janeiro 09, 2022

Arte

Apenas porque me surgiram nestes dias, de pontos diferentes: Professor Coimbra de Matos, da Filosofia e Psicanálise, e Lurdes Castro, artista "das sombras". Pessoas de que praticamente ignorava a existência diária mas conhecia alguns trabalhos, algumas entrevistas. Homenagem por me sentir como que impressa nas obras que escreveram ou pintaram. Para me lembrar do que aprecio.

Do professor:  

O pensamento na Lua, o pé na estrada, o olhar nos outros

A revolução é o remédio para a violência

No princípio foi a relação

A depressão é a negação do sentimento de perda 

Que foto escolher? Umas de que goste muito... as crianças que fomos, a floresta que somos, a escultura em que nos tornamos:



Da artista, tão infantil parece, tão suave é o seu traço



Em 1956 ainda coleccionava, eu, pratinhas dos chocolates, entre os livros. Esticava-as com a unha, até ficarem lisas e brilhantes. E pequenas folhas e flores, depois de secas. 

Faltou-me "a madrinha" para entrar nas Belas-Artes.

 



4 comentários:

Rosa dos Ventos disse...

Aprecio quase todas as formas de arte mas só nasci com a capacidade de cantar.
Por essa altura também eu coleccionava pratinhas, fazendo da mesma maneira.

Abraço

bea disse...

Do professor Coimbra de Matos gosto sobretudo da primeira e da terceira frase. Também eu tive um professor, Cerqueira Gonçalves de seu nome, que sempre afirmou nas suas aulas que o fundamental é a relação e, caso a encontrássemos (teríamos de trabalhar para tal), a cadeira que leccionava ser-nos-ia fácil. Depois reiterava: em tudo, o que importa é a relação. Completamente de acordo com ambos.

Gosto bastante da segunda foto, as árvores são seres muito singulares e expressivos, atraem-me.

Desconheço a artista.

Boa noite, bettips

Justine disse...

Excelente post, B.! É pela Arte e pelo Sonho que sobrevivemos, assim penso!

P.S.: também aproveitava cuidadosamente as pratas, alisadas com o mesmo método que tu usaste, e depois guardava-as entre as páginas de livros...ah estas recordações de infância, que nostalgia

M. disse...

Pois, as pratinhas de chocolates também passaram pelas minhas mãos, coisa simples que me encantava na infância. As palavras de Coimbra de Matos também são pratinhas que se guardam. Têm dentro muita sabedoria e ternura.