sexta-feira, novembro 15, 2024

O PPP de Novembro II

"Privação" foi a palavra que escolhi para a 2ª semana do mês, com a seguinte elucubração a propósito:

Foto retirada de um livro sobre a II Guerra Mundial e as privações sofridas, neste caso, em Inglaterra. Sobre "guerras" muito haveria que dizer e documentar: escolhi esta sugestão, menos agressiva aos olhos e sentimentos. O livro chama-se "We Will Eat Again" e, além das figuras da época, tem receitas básicas de sobrevivência, com o pouco que as pessoas conseguiam, em tempo de severo racionamento.



Quando penso que houve milhões de vidas destroçadas pela II Guerra Mundial, somando-lhes as da I Guerra e fugindo-me o pensamento para os anos a seguir, só sinto uma mágoa imensa pela humanidade que nada aprende. 

As escolas.. soube vagamente o que disseram os slogans dos "guerreiros do apocalipse" actual, numa das manifestações extremistas há dias: ...em... não há escolas porque já não há crianças. 

Este pensamento de extermínio é posto em prática e até o vemos na televisão: mais de 17 mil crianças foram mortas na faixa de Gaza desde há um ano, milhares de outras ficaram feridas ou orfãos. 

Foi por isso que escolhi este livro, porque fala de esperança, das formas dela. Não consigo, neste momento, pensar nos usurpadores ou usurpados. Penso que a forma diabólica de tentar acabar com uma raça é claramente vista nesta limpeza étnica que nos confrange; contra a qual os diversos organismos de protecção e ajuda, nomeadamente os países envolvidos, as delegações das Nações Unidas, a Cruz Vermelha, os Médicos sem Fronteiras e tantas outras, não conseguem actuar nem fazer-se ouvir.

(eu sigo as notícias, leio ou ouço, mas não as vejo)

  

2 comentários:

bea disse...

Há quanto tempo penso e digo exactamente isso: é uma política de extermínio. Os lugares são outros, e outros os povos. Mas o mal mantém-se tão forte como então. E é intrinsecamente humano.
Não sei mesmo se há esperança.
Bom dia, bettips

M. disse...

Um tema que escolheste e que aqui tratas de um modo muito completo e nos faz doer a alma.