Abri o dicionário à sorte para recomeçar o nosso PPP e retomar este meu lugar-azul. Sobre a palavra "Solidão". Auto-infligida, imposta ou surgida nos acasos da vida. Solidão cheia de ausências que vamos notando. Solidão que se sente no meio de muita gente, muitas ruas (agora) desconhecidas.
Alguém que passa no jardim, solidão bonita nos tons efémeros, como uma das amigas comentou:
Na companhia de mim mesma, dentro do lugar que será o cérebro e o coração, o espírito ou o pensamento, este novelo de sentimentos que nunca se sabe de onde provêm. Silêncio solitário sentido nos montes lá do sul, nas avesA solidão das palavras e dos sons que amei.
Penso que há solidões boas, penso que há solidões más. Sinto que esta não é boa.
Fiz um recorte e ficaram apenas os contornos dele, desapareceu a figura conhecida.
2 comentários:
Não me apetece falar de solidão.
Vou falar do piano que está à disposição de quem passa na estação de Metro de S. Sebastião. Hoje tocava uma menina de ténis, sacola plástica abandonada junto ao banco do piano e longo manto de cabelos encaracolados envolvendo a incógnita blusinha. E com seus dedos longos a garota enchia o átrio de alegria e o público esquecido de pressas e cansaços de fim de dia, rendia-se à música que nascia de dedos alados.
Bem hajas menina! E mais quem teve a feliz ideia de colocar um piano num átrio do Metro.
A solidão pode ser muito desejável mas também originar sofrimento - só depende das circunstâncias!
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