Passou o mês numa corrida de alucinações variadas. E só agora reparei que nem tinha juntado as minhas participações, fotos e palavras, do "recreio semanal" a que nos damos.
Dia 2 – Em família
Nesta espécie de l’Été Indien que estamos a viver no fim deste mês, as memórias surgem com o sol de uma infância longínqua. Em família, a minha mãe e as amigas, em plena adolescência. E digo família porque foram como minhas tias e avós, depois de que eu nasci e sendo a primeira criança do grupo de mulheres que aqui vêem. A minha mãe é a 2ª a contar da esquerda, a mais nova. A foto é de 1944.
Dia 9 – Em férias
As nossas férias eram aventuras e descobertas, muitas vezes bem perto, nos arrabaldes da cidade. Aqui está o grupo de campismo, em Cortegaça, no meio dos pinheiros e perto do mar.
Dia 16 – Numa viagem
Áustria. Monumento barroco erigido à “Peste”. Trata-se de uma homenagem à libertação da cidade da peste bubónica, que atingiu Viena, cerca do ano de 1679.
Mas desta série "viagens" tinha escolhido outras, de Viena, onde estivemos em casa de amigos há 25 anos! E que estusiasmante foi, aquele Setembro à solta, numa cidade e arredores maravilhosos. Onde vi Klimt, Mozart, museus, feiras, parques, videiras, montes... E as belas casas Arte Nova e, ao vivo, as obras de um arquitecto de quem tive sempre curiosidade de ver os edifícios F. Undertwasser. E que descobri depois foi mais de que um arquitecto, com uma vertente ecológica que ignorava.
E a primeira vez que conheci uma loja Ikea que muito admirei na ocasião, por lá andamos e almoçamos
Dia 23 – Num encontro
Espaço exterior da Casa da Música/Porto, onde geralmente marco encontro com amigos quando nos visitam.
30 – Um acontecimento internacional
Quadro-voto na Igreja de Nª. Snrª das Neves, em La Palma, que diz aproximadamente:
“Tendo saído da ilha de Martinica para Cádiz numa caravela francesa em 18 de Abril de 1723, pelas 11 e meia da noite aconteceu-nos uma gravíssima tormenta e nos vimos submergidos e invocado a Nª. Snrª das Neves fomos socorridos em tão grande conflito”
E assim também me lembrei de Paul Gaugin e a inquietação, as suas frequentes deslocações pela Europa, acabando nas ilhas Marquesas e Taiti: um internacional das cores fortes e indígenas. Aliás só agora vi uma reprodução de uma obra muito importante pelo significado do mundo que ele descobriu e questionava.
O quadro acima vi-o mesmo, com outras obras do pintor, abaixo foi retirado da net:
E diz/pergunta:
"De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos?"
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)

1 comentário:
Gostei do chapeuzinho das campistas. (será o que antes chamávamos um quico?) A sua família era muito à frente, Bettips(!). Na infância nem eu ainda conhecia a palavra campismo quanto mais o significado de tal coisa.
Creio ter visto a primeira pintura de Gauguin num museu francês. Mas posso estar enganada e vir-me a imagem de outro lugar. Não da Austria que desconheço. Mas, se Deus quiser e me der saúde para tanto(que eu quero), ainda hei-de conhecer. Com ou sem empresa de viagens:). A vida ensinou-me que não há que adiar ou esperar. É de ir, que o tempo é já curto e o corpo impede mais do que propicia. Ao crepúsculo ainda a paisagem é visível e apetece, ainda que breve as sombras lhe cheguem.
Gostei da sua viagem dupla: por lugares e infância
Bom fim de semana
Enviar um comentário