terça-feira, fevereiro 22, 2022

PPP - Agenda para Fevereiro 2022

Hoje é um dia bizarro: 22.2.2022. O dois parece-me sempre um cisne, vogando nas águas com o seu pescoço elevado. A minha homenagem aos cisnes e ao ano, esperando que ele(s) passem suavemente, brancos e impermeáveis ao mal que nos ronda.



A proposta deste mês foi baseada no "Borda d'Água", publicação que há muitos anos nos acompanha, instruindo (mesmo sem terra para semear e cultivar!) e com inúmeras informações.

As minhas escolhas foram muito variadas, desde S. Brás, a Santa Escolástica, a Sebastião da Gama, aos outros dias de santos, pintores, aviadores e filósofos.

Em 1975, naufragou à entrada do porto de Leixões, o super petroleiro Maersk, causando um incêndio durante 3 dias, vistas de chamas, fumo e poluição impressionantes. As fotos: a P/B é arranjo da "paginadora M." destes desafios, a outra é minha, tirada já o naufrágio consumado e as chamas extintas. Que achei apropriada para  "S. Brás te afogue que Deus não pode".



Esta é a carcaça do navio que ali ficou mais de 20 anos... Esta foto é de 1985.

E passando por uma outra santa dispensadora de chuva, que este ano, digamos, pouco cumpriu o seu mandato, as variadas escolhas que fiz:








De passeios à chuva (que se dispensava...) em Ponte de Lima, com um amigo de longa data e de longa amizade, é notável ver agora como as cores sobressaem nas paisagens enevoadas.







 

Sobre o poeta Sebastião da Gama e a sua tão querida Serra da Arrábida, a beleza da paisagem, de acordo completo com a sua frase tão etérea "pelo sonho é que vamos":



A fotografia acima recorda-me que a terra é mesmo redonda...







Da aviação, Gago Coutinho e Sacadura Cabral lembrados na pedra da Penha

Para os santos fundadores da Ordem dos Servos de Maria que originaram mais tarde a Companhia de Nª Srª das Dores, só me calhou encontrar este tríptico de representação dela, no Museu de Évora



E para não me embrenhar por filósofos e as suas esculturas, as suas obras intemporais e livros publicados, como Pico della Mirandola, filósofo humanista do Renascimento italiano, fiquei com a ideia deste termo ("pico") para a minha participação

Cópia do original em bronze, do séc. I a.C: estátua "Spinario" ou "menino com espinho".


terça-feira, janeiro 25, 2022

PPP Agenda para Janeiro 2022

Num instante se passam os anos, as memórias. As pessoas. As saudades ficam. Assim o lembrou a Mena, dos inícios pelo "Fotodicionário", colega destas andanças das quintas-feiras; diz ela 15 anos passados! Mais um terei, julgo. Nunca falhei, julgo. Nunca deixei de ver e comentar, julgo. E apaixonei-me, julgo... pelas palavras, ideias, livros de que se falava, por Ho Huai-sho e as pinturas de "Inner Realms" que em Outubro de 2005 se (me)deram a conhecer, por M. Por coincidência, nem nunca mais esqueci onde e como foi comprado. Um jogo de recordações, também.

Fotos e palavras para Pandemia, palavra que desconhecíamos por cá..., Jornal de Parede. Um dicionário ambulante de ideias, fotografias e palavras.

Deixo algumas das minhas escolhas, algumas que nem viram a luz, ou seja, nem publicadas foram. A pandemia que nos assola lembrou-me a Ribeira Negra, de Júlio Resende. Queria ter a certeza, para mim  mais os que me são queridos, que haverá uma luz, de saída deste terror continuado.

... que nos sentimos "de barro" e em fila, para a sorte ou o azar

A música, o prazer de nos sentirmos como "numa casa de abrigo".

Os jornais de parede, de aviso, de lugares úteis, para pescar ou para passear




O painel Jornal de Parede em Peniche tinha mais aspectos do outro lado. Fica aqui a bordadeira de bilros que a Teresa referiu, logo ali no largo

As casas "para pessoas tipo casa", as pessoas "preciosas", as vazias, as soterradas pelo tempo, as que são como uma janela para a vida boa, vida feliz, vida culta e coerente




Entre sonhos.


domingo, janeiro 09, 2022

Arte

Apenas porque me surgiram nestes dias, de pontos diferentes: Professor Coimbra de Matos, da Filosofia e Psicanálise, e Lurdes Castro, artista "das sombras". Pessoas de que praticamente ignorava a existência diária mas conhecia alguns trabalhos, algumas entrevistas. Homenagem por me sentir como que impressa nas obras que escreveram ou pintaram. Para me lembrar do que aprecio.

Do professor:  

O pensamento na Lua, o pé na estrada, o olhar nos outros

A revolução é o remédio para a violência

No princípio foi a relação

A depressão é a negação do sentimento de perda 

Que foto escolher? Umas de que goste muito... as crianças que fomos, a floresta que somos, a escultura em que nos tornamos:



Da artista, tão infantil parece, tão suave é o seu traço



Em 1956 ainda coleccionava, eu, pratinhas dos chocolates, entre os livros. Esticava-as com a unha, até ficarem lisas e brilhantes. E pequenas folhas e flores, depois de secas. 

Faltou-me "a madrinha" para entrar nas Belas-Artes.