sábado, janeiro 17, 2009

Engenho







Ainda pensando em pontes, as tantas que faltam. As que se deixam apodrecer.
De nós para os outros, de outros para nós.
Dum mundo que primeiro mata, depois fala.
Ou cala.

De propósito pelo antagonismo da habilidade do homem e a propósito da palavra/foto no PPP duma destas semanas: Engenho.

Sítio perdido no Guadiana profundo.
Nesta, nem um pé se pode pôr: na outra passam carros a correr.

6 comentários:

Maria disse...

Porque deixarão eles apodrecer estas pontes?
Porque não cuidamos nós das nossas interiores, para que nunca cheguem a este estado?

Beijo, Bettips

M. disse...

As pontes assustam e ameaçam supostos equilíbrios.

Licínia Quitério disse...

Sempre há pontes em ruínas. E outras em construção, nem que seja na ideia dos homens. As do coração? Para essas nem sempre há engenho que baste.

Um beijo.

Filoxera disse...

Tão lindos, estes post...
Obrigada.
Beijos.

Justine disse...

Primeiro destroi-se (ou deixa-se que o tempo destrua). Depois,sem alma, (re)constroi-se. Silenciosamente.

Arábica disse...

Bettips,


conheci uma no Guadiana, há muitos anos, que tb não era já transitável...gostava de lá ir passar as tardes soalheiras de sábado, sentada numa pedra olhando a água lisa de um rio calmo...

Havia junto a ela uma pequena capela e alguns sobreiros e azinheiras...

Bucólicas tardes que ficaram registadas na memória, contra o cansaço dos outros dias, tão numéricos, tão inflexiveis nos horários e cansados de rotina.

Um beijo