...aos poetas
a voz dos pensamentos
que se encontram extenuados
sendo um cardume
que sobe o rio,
contra corrente.
Da voz das coisas
"Só a rajada de vento
dá o som lírico
às pás do moinho.
Somente as coisas tocadas
pelo amor das outras
têm voz."
Fiama Hasse Pais Brandão - "As Fábulas"
quinta-feira, julho 09, 2009
Quando se pede emprestado
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pág. 26 dum pequeno livro
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32 comentários:
A Arte para ser arte, muitas vezes tem de subir o rio contra a corrente!
a voz da coisas. necessário saber escutar. sem dúvida.
contra a corrente.
poema vibrátil. como pás do moinho. e o vento nelas...
belíssimo. claro.
beijo
o azul do moinho que faz avivar a recordação do céu de um intenso azul e as águas do mar
a voz do vento suavizado ...
Pedir emprestado compensa. Assim o prova o teu post. Aos poetas, aos artistas em geral. Aos bancos, nem por isso :)
Bjos.
Porque gosto de escutar as vozes contra a corrente.
Pedir emprestado aos poetas, aí está um exercício de humildade e bom-gosto! E remédio santo contra o cansaço...
Um beijo, atrasado:))
Só quem precisa pede emprestado. E há quem precise de Poesia. Eis um motivo de esperança.
Beijinho, Bettips.
Sem ter, por ora, algo para emprestar, aqui venho emprestada, ler-te.
Beijinhos
"Somente as coisas tocadas
pelo amor das outras
têm voz."
Como eu concordo com este pensamento :)
Um beijinho grande
Bettips,
peço emprestadas as pás profundas da poesia e no murmurio de água, mergulho contigo.
Pois é verdade, um braço ao peito, um gesso porta para o passado, passado a ferro e guardado no sótão.
Entre passado e presente, a memória da inquietação.
Vozes de gesso.
Quem diria que o gesso é passível de ter voz?
:) Um beijo querida Bettips e uma boa semana.
PS-ando um pouco a monte daqui, as tarefas demoram o dobro do tempo, a criatividade é usada para inventar resistência nas fragilidades e o rosa choque vê-se muitas vezes a ouvir música, olhar distante, extenuado no sofá :)
Ou no adro :)
É tão triste ver os moinhos sem velas, abandonados, parados...
E vejo-os todos os dias, vivo numa terra de moinhos parados, à espera do nada...
Abraço
Vamos a um brinde?
Boa escolha para tão belas fotografias e seus sentidos.
Mas que bem pedido este empréstimo.
Imagens e palavras a interpelarem-nos no essencial
beijinhos linda Bettips
:))
Arte pela arte!
Abraço
Bettips;
Mais um extraordinário post.
As palavras de Fiama Hasse Pais Brandão formam um casamento perfeito com as fotos.
Abraço
Desta vez não cheguei a Jerumenha porque levava um mapa de 2005 onde constava uma ponte de Vila Real, Espanha, para o outro lado.
Batemos com o nariz no rio alargado devido ao Alqueva e lá atravessámos para Portugal mais à frente, na tal ponte ao lado da ponte romana da Ajuda em direcção a Elvas...
Mas lembro-me bem desse abandono e dessa triste beleza das ruínas do castelo de Jerumenha!
Abraço
Visitei-lhe e apreciei muito seu blog. Saudações.
Lindas as imagens e o poema da Fiama.
Um abraço daqui
...e depois se devolve, será que não se confundem os espíritos?...
abraços
www.tintapermanente.com
Bela leitura, pelos vistos.
Obrigada pela partilha.
Beijos.
«Somente as coisas tocadas
pelo amor das outras
têm voz».
Obrigada Bettips.
Querida Bettips,
(Estou de volta)
Se estão extenuados!!!
A corrente é forte e exige força redobrada, como sabes.
Lindas as palavras da Fiama.
Um beijo
beijos...
Como deixei passar estas fotos não sei...
Mas sei que pediste emprestadas palavras bonitas...
Beijo, Bettips
(com saudades)
Claro que gostei!
Ah! E "somente as coisas tocadas
pelo amor das outras
têm voz" - é bem verdade.
Mas isto está tudo de férias? E eu?
Já estás "emprestada" há demasiado tempo, Bettips! :) Reclamamos-te.
Este azul, reclamaa a poesia que tarda em novas pás.
E o vento, quente do sul, chama-te, das campinas abandonadas.
Onde andará a ceifeira? :)
Beijinhos, querida Bettips.
Um bom fim de semana.
Pintei em traços vibrantes
Aprisionei a beleza e a harmonia
Dancei no sabor de irreverentes matizes
Misturei a aurora com o fim do dia
Um violoncelo soltou duas notas sorridentes
Dançaram as cores de forma trágica
Os pincéis inventaram a doçura do teu rosto
Em movimentos de rodopiante mágica
Bom fim de semana
Mágico beijo
- Pode emprestar-me cinco poemas, senhor Poeta?
- Oh homem!não fosse a musa visitar-me tão poucas vezes nos últimos tempos, eu até lhe emprestava dez...
- Pronto, não se fala mais nisso, faço das tripas coração e a ver se me amanho com três.
- Pois sim, pois sim. Se eu tivesse três poemas, casava-me. Ficava com um para as despesas do copo d´água e emprestava-lhe os outros dois.
- Quer dizer: o senhor Poeta nem um único poema tem. É isso?
- Não é bem assim nem assado. Tenho apenas um poema que não está terminado. E um poema nesse estado não lhe serve a si nem a mim, percebeu?
- Percebi é que me enganei no Poeta. Vim logo bater à porta dum, com pouca produção. E pelo menos não me sabe indicar um seu colega que...
- Claro que lhe indico. Volta à sua esquerda e logo em frente se depara com um muro branco a perder de vista, a resguardar altos ciprestes e com uma entrada bem larga. Basta pedir ao porteiro para lhe indicar onde é a Rua do Clube dos Poetas... Mortos.
Beijinhos e sorrisos.
ADORO MOINHOS
Obrigado pela partilha.
Pedir emprestado aos "poetas" é sempre bom, maravilhoso...
Tristezas já chegam cá para os meus lados.
A crise bateu à minha porta ontem e uma carta p/Desemprego está aqui à espera de 2ª feira ser entregue no Centro de Emprego.
Enfim...a vida tem destas coisas!!!
Neste momento ainda me encontro em convalescença da pneumonia, por isso quase nem posso brincar c/os netos, nem passear, nem fazer arrumações e limpezas de Verão, enfim...há que ter paciência.
Atenção: não quero ser a "coitadinha" pois algumas pessoas depois de lerem que estou doente, reagem muito mal, com comentários mesmo desagradáveis.
O meu ultimo post tem a ver com o "MAU" que existe na Blogosfera, fico triste. Mas a vida é assim!
Deixo-te um beijo e votos de óptimas semanas de Verão.
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