quinta-feira, julho 09, 2009

Quando se pede emprestado




...aos poetas
a voz dos pensamentos
que se encontram extenuados
sendo um cardume
que sobe o rio,
contra corrente.

Da voz das coisas


"Só a rajada de vento
dá o som lírico
às pás do moinho.

Somente as coisas tocadas
pelo amor das outras
têm voz."

Fiama Hasse Pais Brandão - "As Fábulas"

32 comentários:

Conversa Inútil de Roderick disse...

A Arte para ser arte, muitas vezes tem de subir o rio contra a corrente!

Manuel Veiga disse...

a voz da coisas. necessário saber escutar. sem dúvida.

contra a corrente.

poema vibrátil. como pás do moinho. e o vento nelas...

belíssimo. claro.

beijo

Teresa Durães disse...

o azul do moinho que faz avivar a recordação do céu de um intenso azul e as águas do mar

A Lusitânia disse...

a voz do vento suavizado ...

Alien8 disse...

Pedir emprestado compensa. Assim o prova o teu post. Aos poetas, aos artistas em geral. Aos bancos, nem por isso :)

Bjos.

jrd disse...

Porque gosto de escutar as vozes contra a corrente.

Justine disse...

Pedir emprestado aos poetas, aí está um exercício de humildade e bom-gosto! E remédio santo contra o cansaço...
Um beijo, atrasado:))

Licínia Quitério disse...

Só quem precisa pede emprestado. E há quem precise de Poesia. Eis um motivo de esperança.

Beijinho, Bettips.

mena maya disse...

Sem ter, por ora, algo para emprestar, aqui venho emprestada, ler-te.

Beijinhos

Ana Ramon disse...

"Somente as coisas tocadas
pelo amor das outras
têm voz."

Como eu concordo com este pensamento :)

Um beijinho grande

Arábica disse...

Bettips,

peço emprestadas as pás profundas da poesia e no murmurio de água, mergulho contigo.

Pois é verdade, um braço ao peito, um gesso porta para o passado, passado a ferro e guardado no sótão.
Entre passado e presente, a memória da inquietação.
Vozes de gesso.
Quem diria que o gesso é passível de ter voz?
:) Um beijo querida Bettips e uma boa semana.

PS-ando um pouco a monte daqui, as tarefas demoram o dobro do tempo, a criatividade é usada para inventar resistência nas fragilidades e o rosa choque vê-se muitas vezes a ouvir música, olhar distante, extenuado no sofá :)

Ou no adro :)

Rosa dos Ventos disse...

É tão triste ver os moinhos sem velas, abandonados, parados...
E vejo-os todos os dias, vivo numa terra de moinhos parados, à espera do nada...

Abraço

dona tela disse...

Vamos a um brinde?

M. disse...

Boa escolha para tão belas fotografias e seus sentidos.

mdsol disse...

Mas que bem pedido este empréstimo.

Imagens e palavras a interpelarem-nos no essencial
beijinhos linda Bettips

:))

PoesiaMGD disse...

Arte pela arte!
Abraço

Mr. Lynch disse...

Bettips;
Mais um extraordinário post.
As palavras de Fiama Hasse Pais Brandão formam um casamento perfeito com as fotos.
Abraço

Rosa dos Ventos disse...

Desta vez não cheguei a Jerumenha porque levava um mapa de 2005 onde constava uma ponte de Vila Real, Espanha, para o outro lado.
Batemos com o nariz no rio alargado devido ao Alqueva e lá atravessámos para Portugal mais à frente, na tal ponte ao lado da ponte romana da Ajuda em direcção a Elvas...
Mas lembro-me bem desse abandono e dessa triste beleza das ruínas do castelo de Jerumenha!

Abraço

Violeta disse...

Visitei-lhe e apreciei muito seu blog. Saudações.

jawaa disse...

Lindas as imagens e o poema da Fiama.
Um abraço daqui

jorge esteves disse...

...e depois se devolve, será que não se confundem os espíritos?...


abraços
www.tintapermanente.com

Filoxera disse...

Bela leitura, pelos vistos.
Obrigada pela partilha.
Beijos.

A Lusitânia disse...

«Somente as coisas tocadas
pelo amor das outras
têm voz».

Obrigada Bettips.

Meg disse...

Querida Bettips,

(Estou de volta)

Se estão extenuados!!!
A corrente é forte e exige força redobrada, como sabes.

Lindas as palavras da Fiama.

Um beijo

Manuel Veiga disse...

beijos...

Maria disse...

Como deixei passar estas fotos não sei...
Mas sei que pediste emprestadas palavras bonitas...

Beijo, Bettips
(com saudades)

jl disse...

Claro que gostei!

Ah! E "somente as coisas tocadas
pelo amor das outras
têm voz" - é bem verdade.

dona tela disse...

Mas isto está tudo de férias? E eu?

Arábica disse...

Já estás "emprestada" há demasiado tempo, Bettips! :) Reclamamos-te.
Este azul, reclamaa a poesia que tarda em novas pás.
E o vento, quente do sul, chama-te, das campinas abandonadas.

Onde andará a ceifeira? :)

Beijinhos, querida Bettips.
Um bom fim de semana.

O Profeta disse...

Pintei em traços vibrantes
Aprisionei a beleza e a harmonia
Dancei no sabor de irreverentes matizes
Misturei a aurora com o fim do dia

Um violoncelo soltou duas notas sorridentes
Dançaram as cores de forma trágica
Os pincéis inventaram a doçura do teu rosto
Em movimentos de rodopiante mágica


Bom fim de semana



Mágico beijo

Alberto Oliveira disse...

- Pode emprestar-me cinco poemas, senhor Poeta?
- Oh homem!não fosse a musa visitar-me tão poucas vezes nos últimos tempos, eu até lhe emprestava dez...
- Pronto, não se fala mais nisso, faço das tripas coração e a ver se me amanho com três.
- Pois sim, pois sim. Se eu tivesse três poemas, casava-me. Ficava com um para as despesas do copo d´água e emprestava-lhe os outros dois.
- Quer dizer: o senhor Poeta nem um único poema tem. É isso?
- Não é bem assim nem assado. Tenho apenas um poema que não está terminado. E um poema nesse estado não lhe serve a si nem a mim, percebeu?
- Percebi é que me enganei no Poeta. Vim logo bater à porta dum, com pouca produção. E pelo menos não me sabe indicar um seu colega que...
- Claro que lhe indico. Volta à sua esquerda e logo em frente se depara com um muro branco a perder de vista, a resguardar altos ciprestes e com uma entrada bem larga. Basta pedir ao porteiro para lhe indicar onde é a Rua do Clube dos Poetas... Mortos.



Beijinhos e sorrisos.

tulipa disse...

ADORO MOINHOS
Obrigado pela partilha.

Pedir emprestado aos "poetas" é sempre bom, maravilhoso...

Tristezas já chegam cá para os meus lados.

A crise bateu à minha porta ontem e uma carta p/Desemprego está aqui à espera de 2ª feira ser entregue no Centro de Emprego.
Enfim...a vida tem destas coisas!!!

Neste momento ainda me encontro em convalescença da pneumonia, por isso quase nem posso brincar c/os netos, nem passear, nem fazer arrumações e limpezas de Verão, enfim...há que ter paciência.
Atenção: não quero ser a "coitadinha" pois algumas pessoas depois de lerem que estou doente, reagem muito mal, com comentários mesmo desagradáveis.

O meu ultimo post tem a ver com o "MAU" que existe na Blogosfera, fico triste. Mas a vida é assim!

Deixo-te um beijo e votos de óptimas semanas de Verão.