domingo, novembro 28, 2010

Ausência





As luzes e sinais falharam numa madrugada.
Sossegadamente ausente como ultimamente estava.

Entrou seguindo a nascente do rio, numa manhã fria, modesta como agora quereria, com meia dúzia das pessoas que lhe eram chegadas.
Faz companhia às nuvens, o horizonte é todo seu.
Ficaram inúteis os papéis; mas todos os seus santos guardados num missal antigo.

O carinho da mão que dava perder-se-à num adeus longo, de cada um dos seus filhos nunca se saberá da dor e da verdade. Do que pensou de nós todos fica um grande silêncio.

Costureirinha pelos alinhavos da vida, bordadeira de enxovais, modista de tantos casamentos e ocasiões importantes. R.I.P.

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