domingo, maio 08, 2016

Da partida e da chegada

...mediaram apenas 4 dias, muitas horas sem sono e muitas outras de caminhadas.
O chamado "táxi aéreo" Porto-Lisboa é admiravelmente acanhado e a hélices. De manhã cedo, o nosso belo aeroporto parece fantasma, sem luzes nem atendimento. Dizem que há 18, sim dezoito! ligações dessas entre as duas cidades. E porque é que, indo para um país do Norte, se tem de ir apanhar o avião a Sul? esperar depois horas numa madrugada, estacionados entre lojas de marca, no aeroporto de Lisboa...coisas barraqueiras e esquemas! Um gerente, um feitor, um administrador, de sucesso, basilêro com ligações a outras companhias e ecos na imprensa que não são bem explicados.
Há muitos interesses envolvidos, que não serão os nossos, mas espanto-me que nós, os da outra metade de Portugal, não tenham feito barulho, mais protestos, nesta situação que nos prejudica muito. E subalterniza a 2ª cidade do país e a zona que tem mais emigrantes lá fora.
Entretanto, amanhecia por esse rectângulo lindo e em Lisboa



Rios e mares,
até ao fim da tarde no Porto.
Um lugar de fotogenia, de tanta lembrança.

Foi por isso que lembrei uma inscrição-frase dum sermão do Padre António Vieira, em 1670:
"Para nascer Portugal, para morrer, o mundo"


3 comentários:

Manuel Veiga disse...

... para morrer, o mundo!

e para não sufocar também!
(como o Pe. António Vieira tão bem sabia)

beijo

Rui Fernandes disse...

Portugal é pequenininho. Daí não vem mal ao mundo. O mundo é grande. Daí não vem mal a Portugal. Para usar um sinónimo que veio do hebraico peninsular, Portugal é tacanho. Mas tem o Sol. E esse pequeno incómodo: os portugueses. Que também são tacanhos. Mas quando saem do solo pátrio até crescem. Pena é já não haver comboios. Lá de cima vê-se o Tejo continuar o Douro a ligar o Gerez às praias algarvias. E todos dizem: olha, ali é a minha casa.

Mar Arável disse...

Um ciclo de marés

Bj