Numa semana já passada, a palavra "Ficção" no PPP fez-me lembrar as novas formas de arte que vamos encontrando ao acaso da rua, nos tempos últimos, mais frequentemente.
Exóticas, pintadas, imóveis, o que levará estas pessoas a exibirem-se assim?
A necessidade, certamente, do dinheiro esmolado e do exibicionismo fácil.
De uma audiência interactiva.
Estes dois personagens "Palhaços" eram alegres, sorridentes, brilhantes.
Havia uma "Morte" tão tétrica que não a fotografei.
A sequência nas Ramblas de Barcelona, mostra o início animado e o fim da noite com a descaracterização em que os fotografei. O elemento masculino (?) demonstrou-me o seu desagrado logo a seguir à fotografia, como se tivessem corrido o pano do seu palco imaginário.
Estes dois personagens "Palhaços" eram alegres, sorridentes, brilhantes.
Havia uma "Morte" tão tétrica que não a fotografei.
A sequência nas Ramblas de Barcelona, mostra o início animado e o fim da noite com a descaracterização em que os fotografei. O elemento masculino (?) demonstrou-me o seu desagrado logo a seguir à fotografia, como se tivessem corrido o pano do seu palco imaginário.
Fiz-lhe um aceno amigável, para disfarçar embaraços: ali estava, inteiro, o fim da festa, o fim do teatro de rua, o arrumar de esgares para os outros, o "tirar" a máscara do riso ficcionado.
8 comentários:
Muito bonito, e que belo passeio, imagino....
Beijinhos
Bettips, como podes ser tão surpreendente nas, aparentemente,
pequenas coisas que nos mostras!
São os teus olhos? Ou o carinho, como aquele aceno ao elemento masculino(?), que tu dizes apenas amigável?
Se eu pudesse viajar a todos os sítios onde me tens levado!
Um beijo de saudade
eu gosto de acreditar que há os que,
ainda há-de haver os que,
o fazem pelo amor a.
e admiro-os,
a todos,
muito.
Dizia eu (mas parece que não "colou"): só podia ser mesmo nas Ramblas. Onde, confesso, vi manifestações de grande criatividade e de muita beleza.
Não estou certo de que esses artistas sejam mais exibicionistas do que aqueles outros que expõem as suas obras (telas e estátuas, por ex.) numa galeria ou numa praça.
Nem tenho, também, a certeza de que o seu "esmolar" seja, na essência, tão diferente dos valores que aqueles outros anotam nos seus catálogos...
Tratar-se-á de uma arte menor, aquela que apreciamos nesse palco, vivo e diário, que são as Ramblas?
(Claro que os exemplos se repetem por esse mundo; mas quedemo-nos, agora, por aqui)
Menor na sua capacidade de divulgação e na sua perenidade... Ah, isso por certo que sim.
Mas... E quanto ao resto?
É, apenas, uma reflexão.
Até...
Confesso também que não sei se sim, se menos. Sinto-me, é certo, um pouco incomodada, não por lhes dar ou não um estipêndio ocasional, mas porque, assim, na rua, tudo parece mais esquálido.
O melhor de tudo é reencontrar-te. Pensava que ainda estavas no Alentejo e afinal barcelonavas... :)Bezos.
Nem de propósito, a minha amiga
Lizzie fez um post mais ou menos sobre a mesma matéria. Também lá deixei o teu endereço.
Transumâncias que se cruzam...:)
Beijinhos.
E é engraçada a coincidência, sim senhora, contando com a melancolia atrapalhada que sentimos ao olhá-los.
São personagens de personagens que não se sentam, não têm cadeira à sua medida, seja ela alta ou baixa. Como vos digo lá, bebem a vida num só gole, ou querem beber e, desculpem-me a crueza, mas para alguns,os afectos não passam de guiões de espectáculos improvisados: a seguir muda-se o enredo e é preciso dar-lhe um fim diferente.
Barcelona, por diversas razões, é-lhes "casa mãe". A cidade que faz o pino à história, seja qual for a vanguarda do circo.
Abraço
Vim vendo, lendo, descendo. Encantada. As tuas fotos são, como sempre de grande qualidade e beleza e os textos belos com a trua inconfundível forma de escrita.
beleza ambas as coisas - imagens e grafia.
bjs
luz e paz
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