domingo, outubro 31, 2010

Papel

Qual o papel que nos cabe no meio de tudo isto?
Papel de nos mantermos informados? Da informação?
Da desinformação dela?

Da desordem? Do discurso dela, do aproveitamento?

Das cartas que já ninguém escreve?
Informações preciosas que nos ficaram "no papel"!

Papel dos anúncios, da publicidade enganosa e entediada?

Papel da poesia que é livre e que se encontra, de surpresa ... a message in a bottle?

Papel que temos gravado, do passado que nos retorna em tempos de mudança?
Em que é preciso agir.


Escolhida que foi a imagem-palavra semanal do PPP.
Da música, desabrochando e correndo, solta no ar.

9 comentários:

Manuel Veiga disse...

agrada-me o inesperado papel. em que se inscrevem os dias...

beijo

jrd disse...

Do grande Mário Benedetti: Papel mojado

http://bonstemposhein-jrd.blogspot.com/2008/08/tania-libertad-e-joan-manuel-serrat.html

Beijo

jawaa disse...

Papel, papéis, quantas imagens reais e mentais.
Do que tenho mais saudades é das cartas manuscritas, dos sobrescritos com selos coloridos e apetecidos mesmo depois de carimbados...
Um abraço

Mar Arável disse...

De facto é preciso agir

contra a indiferença

Licínia Quitério disse...

Viver é o maior papel que nos cabe. Com o corpo, com as emoções, com os sentimentos, com a consciência e por aí dentro até ao fundo dos fundos. Papel continuamente escrito na folha em branco dos dias e das noites por nós actores, por nós espectadores, dos outros e de nós mesmos.

Beijo, Bettips.

rach. disse...

Papel bíblia, papel pardo, papel de música, papel de carta (que saudades delas), papel mata-borrão. O papel principal, o (in)formativo; o papel do desassossego, como em Bouvard et Pécuchet. O papel pergunta: haverá amanhã se não mudarmos o hoje.
O papel de “o melhor dos mundos possíveis”, o papel das muitas sombras criadas por uma caverna; o papel da economia (fluida, rápida, excessiva e descartável), das tecnologias, do consumismo. O da globalização urgente como um totalitarismo disfarçado. O papel dos novos Messias.
O papel da democracia (uma sombra?); a crença no progresso e bem-estar prometidos. O papel do dar as mãos, da extinção dos vínculos afectivos, do objecto quase…
“Mais tout va bien dans le meilleur des mondes “.

:0)

1 beijo

Era uma vez um Girassol disse...

Gostei, Bettips, deste passeio com o papel...Original!!!
Mitiguei as saudades recentemente...
Juntei filhas e netos aqui apenas por poucos dias...mas soube tão bem!!
Este ano não vou ao Oriente, visto que ele veio até mim.
Querida gémea, imaginas como andei atarefada?????
Beijinhos da flor

Justine disse...

Os nossos papéis terão de ser vários, para que a vida seja bem vivida. E cada vez mais exigentes!

tulipa disse...

Há quanto tempo eu não vinha aqui.

Tema interessante: papel.

Quantos e quantos há, eu sou coleccionadora de papéis
...acredita, guardo tudo e tudo...sou criticada, mas não tenho emenda.
Gostei da 2ª foto, foi bem apanhada.

Hoje amanheceu um dia melancólico pelo que a chuva produz...embora ainda não chova, mas olhando o céu a quantidade de nuvens que pairam no ar, faz adivinhar que em breve virá a chuva...

Bom domingo.
Fica um abraço apertado.