quinta-feira, março 03, 2011

Clausuras








Sempre de clausuras várias somos feitos.
Das casas, das emoções, dos sentidos presos.
Pelo desencanto, do cansaço.
De grades ou pelas conveniências.

Tempo verbal que nunca chegou a expressar-se claramente mas foi/é usado: enclausurar, conservar dentro; pode ser uma mão nos olhos, uma ferrugem do tempo.

Quando se corta o caminho, quando se evita a palavra, quando se prefere o ruído ao silêncio.
E a parede é somente uma parede áspera, sem espera.

9 comentários:

hfm disse...

Da sabedoria.

Rosa dos Ventos disse...

E também quando o silêncio resulta da palavra estrangulada!


Abraço

jorgil disse...

Gostei das fotos. Parecem pinturas! Os versos cantam a verdade.

Licínia Quitério disse...

Bela "reportagem" sobre as clausuras muitas que nos silenciam, nos agridem, nos diminuem.

Beijo, Bettips.

Justine disse...

Podem ser tantas, as clausuras. Umas conscientes, outras nem damos por elas...
Muito belo, o teu post!

Manuel Veiga disse...

clusuras também que libertam, por vezes...

belíssimo.

M. disse...

Como um poema. Muito bonito.

Filoxera disse...

As barreiras são erguidas por nós; há que saber arrasá-las, edificando pontes.
Gostei deste post.
Beijos.

Zé-Viajante disse...

Lindo, minha amiga.