sexta-feira, agosto 04, 2006

Menina, que só se ri no jardim


"Though
nothing can bring back the hour
of splendor in the grass,
of glory in the flower.
We will grieve not
but rather find
strength in what remain behind"

William Wordsworth (poeta inglês, 1807)

Poema transfigurado para o argumento do filme "Esplendor na Relva".
De volta a uma infância, onde o riso era fácil. Uma adolescência onde a felicidade era uma lânguida tarde no pinhal. Areia que luzia nas dunas e se agarrava à pele. Poemas que recitavam amores verdes. Canções que falavam de outros países onde o romantismo era a "flower/power". Tudo o que de profundo nos deixou a todos, esses anos 60.
Essa menina só se ria quando estava só e no jardim. Fui buscá-la pela mão da memória e aqui a deixo. Para lhe eternizar o sorriso e lembrar um tempo que era ameno.

11 comentários:

Moura disse...

Parabéns pelo blog! Dá para perceber que estamos perante alguém que gosta de viajar/conhecer o nosso património cultural! Tal como eu faz do vá para fora cá dentro um lema de vida. Com um pequeno grupo de alunos ocupo dois sábados por período para percorrer o nosso património...e já passei por Monserrate, Quinta da Regaleira, Foz Côa...e muitos outros sitios que se podem ver no blog deste "Clube de Arqueologia".
Para finalizar...obrigado pelas belíssimas fotos que partilha conosco!

MaD disse...

Mais uma vez, apesar do sorriso, o que transparece é a profundidade e a nostalgia.
Muito lindo.
Mas também a queremos ver sorrir para além do jardim...
... lembre-se da festa de S. Romão, Alferce, que é este fim de semana.
Bem haja.

Anónimo disse...

Tenho desde o inicio deste seu blog, espraiado o olhar nas suas belas fotos e sentidas palavras...mas só hoje quis deixar aqui a minha "marquinha" para lhe agradecer tudo q me tem mostrado! :)
Beijinhos
Isabel (Fernandino)

Rosmaninho disse...

Sendo menina, o seu sorriso sente-se em todos os lugares... senti-o nos meus.

Bonitos momentos, lindos lugares!
Dizem muito de quem por eles passou...

Gostei muito das palavras, Bettips!

~*Um beijo*~

Verso disse...

Gracias por visitar mi blog y dejar tu huella.

He pasao un rato muy agradable visitando tu blog, me han encantado las fotos, los árboles llenos de nudos que se alragan no se sabe hacia dónde, el mar con su bello color azul, me han gustado mucho, gracias de nuevo.

Un abrazo.

Chellot disse...

Tens belíssimas fotos em seu blog.
Parabéns.
Abraços.

Teresa Durães disse...

(as fotografias ainda não vejo, amanhã já as verei)

mas gostei deste post que leio.
também era assim, menina errante que se ria na presença dos pinheiros e plantas, e com eles conversava. Só muitos anos mais tarde alguém sem o saber me o recordou.

Mesmo assim, apesar de rir, não tenho a mesma facilidade de outrora. E tenho pena. Sou e era uma sonhadora. Mas como sonhadora que era pensava que era possivel tudo alterar. Agora apenas as minhas personagens são hábeis.

Alguma esperança vai resistindo ou o absurdo da condição humana não tinha qualquer razão. Como não sou crenteem divindades superiores, resta-me a nossa. A revolta como sentido. Contra a inércia.

:)

E por vezes caio em desânimo
E noutras levanto-me.

(e dou com a família em doida ehehehhe)

Boa noite

Teresa Durães disse...

Cheguei. das férias. Agora vejo as fotografias :)

Ainda cansada. Mas também é bom chegar. Obrigada pelas palavras no Voando. Fiquei embevecida :)

greentea disse...

nascemos com um propósito... conheci hoje uma outra menina que lutou afincadamente pela vida até aos oito meses, nascendo com três voltas de cordão ao pescoço, sobrevivendo ao descolamento da placenta , às inumeras injecções a q mae levou e contando agora 11 anos, feitos a 8 de Agosto!!! (ler na 125_azul) em geito de epilogo , vê o meu post de hoje. Um beijo para ti. Os blogs são uma excelente forma de terapia!

Ana disse...

Lindo, lindo, o que por aqui nos oferece.
E, meninas, somos sempre, meninas amadurecidas!
Talvez um bocadinho mais cansadas da vida, com um sorriso mais demorado em chegar, num ou noutro dia, mas com sorriso sempre.

armandina maia disse...

è incrível, quando voltei a rever, há dias, o Esplendor na relva, fiquei ainda extasiada perante a enormidade que é aquele filme, os actores, as palavras. E o fim. Ou o começo. Ou a aceitação da imperfeição como um outro sonho. Um reduto para quando não chegamos à vida que queríamos respirar.
armandina