Sim, várias vezes, daquelas pessoas a quem a gente não pode "mandar dizer que não está".
Doces toques. Esperançosos. Setas de índios amigos - e eu Touro Sentado!
Ontem estive horas a ouvir a música de uma amiga "de virtudes" (que aqui não há defeitos).
Há décadas que não ouvia o concerto de Aranjuez cantado. Cantado pela voz melodiosa de Richard Anthony (só para mais de 45 anos!), um rapaz francês do meu tempo. E só de cantar em francês a gente gostava: c'était le temps de l'amour, le temps des copains et de l'aventure... (aprendi mais francês e inglês a cantar e a apontar as letras, a descobrir o que a censura "arredondava" nos filmes, do que nas aulas respectivas - a verdade é que ainda não sabia inglês e já cantava, de ouvido, "The Green Leaves of Summer"...).
Foi um dos "noc, noc" na portada fechada, janela/face crua do Inverno.
Respondi assim ou mais ou menos:
"Não estou de férias - estou muito de molho, em banho-maria, entre dois fogos (eu/sim, eu/não), no cabo do medo, às vezes. No cabo do mundo que imagino. Na península de Kamchatka, na ilha da Páscoa, fugindo ao Natal e cortejo... Somos quase da mesma idade, não do riso. Há manias, eu tenho a mania de gostar de coisas sugeridas, onde descubro mil pistas familiares, da matilha, da manada, do bando, do cardume.
Fazemos uma rodinha "bom barqueiro, bom barqueiro, deixai-me passar ..."
Quem sabe se a gente se vê, ou escreve, ou vislumbra, ou ajuda? Quem sabe se a gente se sabe?"
...e fartei-me de ouvir "Mon amour...où le vent nous améne, mon amour" (a gatinha julgava que era disco riscado, portanto dormia).
E cantei, até... (aí a Kitty olhou-me estranhamente: a dona passou-se de vez com o Natal, as tralhas, as conversas de toucador).
Hoje, tlim, tlim. Olha quem ela é!!! Mensagens, saudades, sorrisos de Gioconda (enigmáticos), acenos e muitas, muitas, mesmo muitas, ideias repartidas. Ou seja, de repente reparo em tantas trivialidades semelhantes, ou quer dizer: gente que tem opiniões que eu partilho. Mesmo sobre coisas ou sítios que não conheço, estou de acordo, pronto!
Hoje, tlim, tlim. Olha quem ela é!!! Mensagens, saudades, sorrisos de Gioconda (enigmáticos), acenos e muitas, muitas, mesmo muitas, ideias repartidas. Ou seja, de repente reparo em tantas trivialidades semelhantes, ou quer dizer: gente que tem opiniões que eu partilho. Mesmo sobre coisas ou sítios que não conheço, estou de acordo, pronto!
Confesso que vou a posts anteriores. Quando alguém cujas palavras, fotos, poemas, me atrai. Passo pela casa, silenciosa, com pés de algodão, e penso "aqui gosto de estar". Quando comento, normalmente a observação sai-me de jacto, da vontade, da simpatia/empatia, da sensação solidária de dores e alegrias acumuladas. Pelo coração e a estética. Quando me dá para comentar, vou por aí fora, paro aqui e ali, dando algo de mim, muito sincero, que é o meu pensamento não forçado.
Há um amigo raiano. Penso nele porque acarinha a terra onde vive. Mostra-a e disserta sobre a solidão do interior. Há mais de um ano, tive o gosto de andar por ali. Inesperadamente, descobri mais um canto de sonho deste país que poucos merecem ou conhecem (refiro-me aos poderes instalados, à Lisboa centralista, aos pirosos de soalhos em jotobá e jacuzzi que o empreiteiro lhes impingiu). Atenção que eu gosto de coisas boas e bonitas mas se me dessem a escolher entre um pomar com casa de caseiro e um loft nas Amoreiras ...eu ia para o monte!
Deixo então as extensões pinceladas pelo sol. Um sol diferente do litoral, um sol-terra, mais perto de nós. Os fosséis marinhos que descobrimos em pedras milenares. Duas senhoras que não sabiam a idade ao certo e com quem me sentei a falar de namorados e vidas duras. Casas viradas ao pôr do sol, descendo pelo monte como meninas alegres, entre figueiras bravas e muros baixos.
Será um passeio que ainda darei mais vezes, por aqui. Infelizmente, não tinha máquina digital e quase tirei um rolo por dia...
A seguir falar-vos-ei do "amor", outra vez. Porque vi pastores, gente humilde com cântaros à cabeça. As suas saudações eram alegres e os seus risos brilhavam tanto como estrelas ou diamantes. Parecia amor pela vida.
5 comentários:
Belo texto e fotos que emanam paz embora não consiga localizá-las, mas parecem-me ser do Norte. Estarei certa?
Cheguei de Amesterdão e deixei por lá mtas saudades dessa cidade que adoro, por isso, comecei hoje a postar imagens e sentires sobre ela, que poderás espreitar se te der a curiosidade.
Fica para já com os meus desejos de um óptimo novo Ano e um abraço
TD
... gosto que me batam à porta
atendo sempre
Feliz ANO NOVO
beijo :)
oú sont les temps de l'amour ...?
magnífica a tua cor. cores.
B.
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Hoje vim estar um pouco contigo, apeteceu-me!!!
Vamo-nos encontrando pelo mundo da blogosfera, assim o espero, em 2007
Para ti e todos os que aqui vierem em Paz, os votos de um Ano Novo muito Feliz, com apenas 3 coisas essenciais à Vida - Saúde, Paz e Amor, o resto virá por acréscimo.
Que todos os teus desejos se realizem e que o Ano de 2007 te cubra de sucesso, que o amor te embale e a paz te encontre sempre com um sorriso nos lábios e muita felicidade no peito.
Deixo mil beijinhos.
Obrigado pela tua amizade.
O Prazer que é reencontrar novas imagens, palavras cheis, histórias semelhantes na memória!
Bom Regresso, este.
:)
Bjs
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