Rodeado de quarteirões de prédios de carácter - alguns abandonados...
Não sou de Lisboa e só passo lá de vez em quando - as fotos já são de há mais de 2 anos.
Sei que há gente a protestar, a pedir informações, a dirigir-se à Câmara.
Porque é que o progresso não respeita a Natureza?
Onde está o inteligente, o mandante, o arquitecto, o biodiverso, o doutor das Ciências Naturais, o paisagista, as pessoas que usufruem dum jardim, nem que seja de passagem?
Decerto que há mil escusas: um país que se enleia.
E, por isso, pergunto aos amigos de lá:
"se sabedes novas do meu amigo" o Jardim do Príncipe Real!
sábado, novembro 28, 2009
À volta do Jardim
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Jardim do P. Real 2
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14 comentários:
Como já te disse, ontem só vi caterpillars e destruição... e corri para o miradouro lá perto. Para ver o castelo, já noitinha. E vi (ainda)!
Bjs
Ai, Deus, e u é?
(cheguei aqui por causa do Klimt)
Amiga,
As novas que aqui me trazes, são idênticas àquelas que te poderia dar.
Porque a minha memória desse jardim é a de árvores não amputadas, de copas frondosas a refrescar no Verão, o cidadão encalorado ou o casal enamorado trocarndo juras de amor.
A minha memória (recente) é a de labirínticos e criativos troncos, moldados pelo cinzel da natureza e que agora, pelos vistos, foram cortados cerce pela mão humana. A abolição da pena de morte em Portugal, não chega às nossas amigas árvores.
Tudo isto, porque é mais económico uma chuvada "lavar" a terra ou o cimento, que empregar alguém a tratar dos jardins que já quase não temos. Como se o desemprego em Portugal, fosse uma mera fantasia...
beijos e abraços seguros.
Antigas "más novas" vos dou, Amiga.
Bettips,
Não conheço o Jardim... mas conheço as árvores de "cá" - nuitas, mas também à mercê de uma qualquer sanha assassina, que as deixa de troco decepado pelo meio.
Será alguma nova forma de as podar?
Então, fujo para junto das que plantei nos idos de 85, uma araucária que já passou do 2º andar e uma palmeira cujo trono já não consigo abraçar. Entre outras.
As tuas fotografias são a expressão do teu olhar...
Beijinho para ti
"Par Deus, coitada vivo
pois non ven meu amigo
pois non ven,que farei?
(...)
amigas, que farei?
En vós, ai meu espelho
eu me verei..."
beijo
O Jardim do Principe Real, um dos meus lugares preferidos em Lisboa!
Até estou com medo de lá ir, depois do "assassinato"...mas irei, e deitarei cá para fora toda a minha indignação!
Este Príncipe Real que amamos. Belíssimas as fotos.
Bettips,
Uma sinfonia de árvores e casas, nestes teus últimos posts, sem esquecer D. Dinis, O Lavrador, O Poeta das cantigas de amigo.
Contos do Príncipe Real
No jardim do Príncipe Real
(ainda hoje tenho de lá ir)
Encontrei-me com fulana de tal
Pus-me a ver estrelas a luzir
Trocámos silêncios de mãos dadas
Conversámos com os olhos e o pensar
Espreitavam-nos do quarto da criada
Do Palácio Italiano com portal
Mas um dia perdeu-se o coche vermelho
Que a princesa levava sempre ao jardim
Meteu-se por caminhos que não têm fim
Perco a esperança de à noite tornar a vê-lo
Novembro, maldito mês das almas,
nesse ano nem o azul do céu poupaste,
carregaste com nuvens de negro corte,
Mas vamos rapazes depressa ao vinho,
Porque ao vinho não o vence nem a morte
Parecem-me adequadas as palavras (e a música, estás a "ouvi-la"?) do Vitorino.
Que mais poderia dizer-te que já não saibas?
Um bom domingo!
Adorei este passeio pelos teus caminhos de ver e sentir.
Ai Deus, e u é?
... ainda bem que dei conta de que alguém tem um comentário igual aqui ao lado, mas foi o que me apeteceu dizer.
Por onde andam as pessoas de bem deste país?
É sempre uma [boa] surpresa o que por aqui encontro. E, não apenas pela defesa da memória colectiva, mas pelas mensagens que contém; e pela beleza.
um beijo
E um verdadeiro prazer um passeio por essas fotos tuas - tanto da natureza como da arquitectura. Obrigada :))
que bonito este blog e vivam os jardins !
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