quarta-feira, agosto 10, 2011

Contudo, a calma sob a cidade II



Se a minha vida é um pretexto
(a remendar redes)
se as fotografias o são
se as palavras escondem o que mostram
se surgem as imagens e o pensamento rebenta a rede
se eu não sou quem sou
ou se é apenas um pretexto
de fuga

(por vezes, fugir do cardume é o melhor remédio, peixes!
Vá-se lá saber o que faz a raia,
bailarina entalada no meio das cavalas)

4 comentários:

Maria disse...

Vontades de pescador, rompendo os teus silêncios...

Beijo.

Rosa dos Ventos disse...

Peixes ou não enredados estamos, andamos...

Abraço

Justine disse...

"A formiga no carreiro vinha em sentido diferente..."

Lizzie disse...

Então, faz de conta que a raia era um pássaro que mergulhou e aprendeu a voar debaixo de água.

Tem relação com os bailarinos, sim Senhora, porque estes nasceram com barbatanas agarradas à terra como toda a gente e, pelo menos desde o séc. XVIII, até arranjaram métodos quase científicos para aprenderem a voar.

As bailarinas são tão vigaristas que até aprendem a andar em bicos de pés para parecerem mais leves e flutuantes, deslizantes que as cavalas.

Não é invulgar poisarem, de vez enquando, com quatro ou três pés: dois naturais mais muletas ou bengala. Depende da violência da aterragem ou da malha da rede.:)


(Lá te responderei amanhã e aproveito para mudar a decoração da casa.
Quanto ao resto, só me resta agradecer-te na concordãncia que há sempre valores mais altos que se levantam)


Beijinhos