Como o sopro do vento. Como a mulher de pedra que se afasta dos nossos olhos. Como árvores entrelaçadas. Como se aprisiona uma oliveira num vaso, essa árvores magnífica que nos fala de longos campos e terra seca.
Agora me lembrei que o capricho dos troncos das oliveiras, sempre me fascinou. E devo ter registado imagens de dezenas de troncos retorcidos, em n sítios por onde passei.
Para falar das oliveiras, recordo o vento que as despenteia de prateado: as folhas são como cardumes na ondulação do céu. Lembro o azeite primordial: um fio sonhado ouro.
E os troncos (Andaluces de Jaen é uma canção/poema lindo sobre as oliveiras) foram esculpidos pelos dedos da chuva e a aridez do Verão, ano a ano, pacientemente, em estranhos e torturados sulcos (as oliveiras estão em todos estes países que rodeiam o Mediterrâneo).
Tenho para mim que elas falam, as oliveiras. Quando a gente se chega a elas. Quando a gente lhes diz que as ama.
Gostava de ter uma oliveira velha para me encostar a ela.
sábado, julho 29, 2006
Continuação dos jardins do MNAA
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