quinta-feira, julho 13, 2006

Palácio de Monserrate


E eu nem me sentia "eu" se não falasse deste "little romantic palace". É certo que por via de mais um inglês que aqui descansou, cheio de benefícios. Mas cruzes, canhoto que sem a contribuição deles, nem haveria Avenida da Boavista. Eis-me então a esquecer defeitos e a enaltecer virtudes: um edifício que nos lembra o espírito do Oriente, uma preciosidade na mata! Os jardins ... bem os jardins percorrem-se como num sonho, descobrindo cantos de pássaros e cantos de verdes vários. As espécies representadas percorrem o mundo: Austrália, México, Japão. Porque "eles" levavam isto a sério (pois se transportavam a sua "china" para tomar chá na India, bwana e memsahib) ... tem cascatas, grutas, capelas, "ruínas" para desfrutar o passado, até um arco trazido ... da India, genuíno.
Bem, um gato à porta, fechado que é o edifício ... espreita-se para dentro. Não ousarei juntar-me à nata da nossa socialite e ir lá aos concertos de Verão. Estou bem ( longe) e além disso, punha-me a olhar para os arabescos e a decifrar mensagens nas folhagens! E ia procurar os escritos de Lord Byron sobre "o primeiro e mais belo lugar deste reino", era trabalho de biblioteca. Ora prefiro o livre ar.
Curiosidade: no século XVI foi um frade que ali mandou construir uma capela dedicada a Nª Sª de Monserrate (Barcelona). E daí ... será que a capela onde se enrola e vive uma árvora da borracha, é essa? Os sítios são preciosos e cobra-se à entrada. Há um "cobrador" e uma espécie de Espaço de Apoio que, ora está fechado, ora não tem folhetos, ora não se vê viva alma. Isto pelos vários lugares que tentei visitar. Quem me manda a mim ser pato bravo, pé-descalço?
Bem vi lotes de excursões a chegar, com guias e placas de identificação. E eu que fujo quando vejo grupos! Assim, faço o meu percurso e re-estudo em casa o que me faltou no sítio.

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