... posso querer quase tudo
(ou tudo se exceptuar que "tudo" me entendam).
Hoje apetece-me um comboio velho que me leve pelas paisagens eternamente lindas.
Douro, Tua, onde origens se perderam.
Estender os braços e com a mão tocar as ervas, no vagar manso que só esses comboios têm.
Depois, encontrar algures umas termas esquecidas, um santo milagreiro.
E um ninho vazio, esperando-me, ave de arribação.
30 comentários:
Fui a primeira a tocar ervas verdejantes e finas.
Repara, olha como elas dançam de um lado para um outro passos oblíquos de movimento.
Silêncio! Chiu, não faças barulho e deixa-as em paz para que alguém admire as suas belezas, uma graciosidade embalada.
Beijo!
P.S-» Adorei a segunda fotografia, fabulosa!!!
Um novo silêncio: http://implantecoclear-incertezas.blogspot.com/
E fiquei vom vontade de voltar ao Douro. Das velhas estações e comboio abandonadas. Lindas. Das paisagens inigualáveis. :)**
Cara Bettips
E aquela aventura que é descer do combóio em andamento, ter tempo para ir aos ninhos, ir colher figos, voltar a subir e, terminada a viagem, ficamos com a sensação que ainda não chegámos ao fim.
Abraço e boa semana.
Belas estas duas imagens e a ligação que fazes entre elas. A ternura de dois momentos, diria eu das tuas fotografias.
Olá!
Mas que maravilha, bettits!
Este trabalho tem muito bem pensado e desenvolvido.
Parabéns.
Também me apetecia viajar contigo. Percorrer terras do Douro, vê-lo serpentear entre vales e colinas, tocar as ervas verdejantes e sentir o cheiro da terra que dá o precioso néctar exportado para terras logínquas.
Beijinhos
De combóio? Também quero ir, se não te importas leva-me contigo.
Por barco? Fui este ano de Barca d'Alva à Régua, foi um passeio inesquecível. Mas aguçou-me o apetite para a mesma viagem em combóio.
As fotos estão lindas
Obrigada pela partilha.
não esqueço ninguém
apenas esse ninho está como o meu corpo. tempo de parar. vazio.
beijos
Quando eu saí daqui,
Já estava pronta a viagem,
Meu peito cheio, a bagagem,
Não quis falar nem te ouvir.
Quando eu sai de ti,
Foi como um parto tão facil,
já estava fora a cabeça,
Num dia tão luminoso.
Um abraço
Naeno
A minha vontade é cobarde
foge do que quer
como do que arde
e se tanto mais me ardera
ainda mais quisera
Como pedir o que não sei dizer
fora destas páginas sem peso?
Como as línguas que não sei roubar
longe desta caneta sem alma
Não sei se por acanhamento
se por sofrimento
me encontro afastado
estou morto talvez
da vida descansado
Lindas as imagens!
Viagem marcada sem destino...
Beijinhos:)
paisagens e texto lindissimo por aqui - zona que vale a pena re-visirtar!!
Deixo-te apenas um sorriso tranquilo e terno, depois de ler tuas palavras...:)
Tens toda a razão: aqui podes ter tudo. No Google ou no Altavista, os "produtos" são imensos e sortidos.
E por outro lado, a imaginação não tem barreiras... alfandegárias ou económicas.
Ah! e eu entendo-te.
Abraço.
Podes querer quase tudo.
Podes querer até tudo mesmo.
Mas tudo não teras nunca...
Não existe o tudo a não ser na nossa vontade de o ter e ai existe...
Eu como tu quero ter quase tudo amaioria das vezes...
Outras vezes tudo mesmo
sei que não vou ter mas vou lutar como se fosse posdsivel
Outras vezes não vou querer quase nada e esse nada há-de ser tanto.
Um comboio velho por paisagens lindas________________________
não será pedir muito não pedisses que a beleza fosse eterna.
Umas termas esquecidas_________
Um santo milagreiro____________
É um pedido "quase" pouco_________
Mas um ninho esquecido
esperando-te
Ave de arribação
Ai pediste tudo__________________
Só por um ninho esquecido para me proteger quando o cansaço vem e as asas doem já eu estaria disposta a voar toda uma vida...
talvez seja o que faça_________
Procurando o ninho do descanço final.
Está lindo e denso este teu texto.
A ultima frase guardarei sempre na memória espero...
Até breve.
Isabel
Durante 3 ou 4 anos tive o privilégio de ter vários ninhos de andorinhas a menos de um metro da minha janela. Acompanhei o nascimento e o crescimento das pequans aves as quais voltavam nos anos seguintes...
Ficava extasiado observando-as horas a fio. Filmava-as e quase que consegui tocar-lhes... mas a natureza é perfeita e nunca consegui fazer-lhes uma festinha...
Beijinhos. Gostei do blog, vou voltar mais vezes!
E que esse ninho não tarde... E aconchegue...
Eu acrescentaria o vale do Vouga também...não imaginas quantas vezes tenho esse estado de espírito...
Bjs. Bom fim-de-semana.
... ninhos abençoados e protectores
que mais se pode desejar?
bom fim-de-semana :)
lindas as fotos
e o texto fez-me seguir pelo douro e o tua
:)
passei no Douro umas férias inesqueciveis e recordo sempre parte da viagem no comboio , os penhascos , o rio lá em baixo...e tudo o resto, até um namorado que arranjei por lá...tinha 16 anos e liamos Prévert!
beijos para ti
É uma das linhas de combóio mais bonitas...e está bem perto de nós! E valer mesmo a pena é da Régua em direcção a Pinhão...
Já por lá andei com os alunos do clube várias vezes, com a familía também.
Bjo
Aquele em que eu subia as escarpas do Corgo, da Régua para Vila Real, chegava a andar perigosamente para trás, em dados momentos da subida! :-) Isto nos anos 80.
(A tua fotografia é mesmo de 68?)
O eterno Douro, onde tudo se perde em tranquilidades e serenidades estranhas que esquecemos sem nunca as deixarmos sair de nós...
Adorei :) vou voltar
e os ninhos?
durante muitos anos, no tecto da varanda, tive muitos ninhos iguais a esse mas nunca percebi quem lá morava
Aí está a minha noção de "viajar"
Só que não saberia descrevê-la com essa doce beleza.
Bjs
:)
Do Douro vi muito pouco mas fiquei fascinado com A quinta de Vale Meão lá no alto e recordei a Ferreirinha
hoje também me apetecia um comboio!
que boas memórias e que boas sensações me vieram à memória!
:)
beijo
dia muito feliz querida bettips
hoje também me apetecia um comboio assim...
memória de criança... nariz esborrachado no vidro... aquele encantamento... e a emoção de correr com o rio... e ver, ver sempre o Castelo de Almorol... os montes e montanhas... magia!
beijinho
dia muito feliz!
Apanho o comboio em andamento e vejo coisas que não vivi, de um tempo que não é o meu, mas quase que as posso tocar...o comboio avança e as paisagens, as modas, as marcas do tempo são tão diferentes! Mas o olhar reconheço-o como se o visse agora, (já era assim naquela altura!)é vivo, às vezes mordaz, forte, corajoso, violento...belo.
Que partilha esta! Mil vezes obrigada!
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