quinta-feira, setembro 04, 2008

Debruçada ...







...deixando o rio
entregue ao seu destino
frio
geométrico.
Margens de amêndoa e vinha
lagaretas e socalcos
pedras e montes altos.
E isto não é um poema,
calha-me no pensamento:
interessa mais o "obema"
a miúda em boa hora
tudo o que passa nos rios e lagos
estradas e estrados,
estádios,
desde que se não veja
e seja
"lá fora"!

Indiferente gente!

13 comentários:

mdsol disse...

Que prazer a visita lá (no branco) e aqui nas cores do rio e da encosta.
Sim, temo-nos cruzado! Ainda bem que falou. Aqui estou para partilhar gostos, estados de alma e ...o que o dia a dia nos dita!
:)))

Justine disse...

Se as palavras não são o poema, é-o o pensamento, o olhar, o sentir.
Abraço de pedra e vento

mena maya disse...

Não pude deixar de sorrir com este teu jeito de rimares o pensamento, mesmo quando o assunto é sério...

Beijinho

Maria disse...

abandono. e a vida eima em resistir entre a pedras....

Beijo

meus instantes e momentos disse...

lindissimo teu blog, gostei daqui. Muito.
Tenha uma bela tarde
Maurizio

Manuel Veiga disse...

conheço as paisagens desse olhar. são belas as tuas palavras.

beijo

tulipa disse...

Estamos em Setembro e a palavra mais usada é a «rentrée»; fala-se de rentrée política e eu decidi falar sobre a «rentrée literária, sempre é um tema diferente.
Livros de pelo menos 16 escritores galardoados com o Prémio Nobel de Literatura, entre os quais José Saramago, vão ser lançados até ao final do ano em Portugal, o que constitui, se não uma raridade, uma marca de diferença desta "rentrée" editorial.

Também houve ontem a rentrée da chuva e parece já o Outono.

O que é importante é que estejamos com saúde para apreciar todas as rentrées à nossa volta.

É isso que desejo, muita saúde, paz, flores, poesia e miminhos.

Bom fim de semana.

Anónimo disse...

Repito: gosto muito das tuas prosas poemadas.

Mas não aprecio poemas prosados.

Nada disso. Não é aqui o caso. Bem ao contário. Fica-te muito bem este figurino literário.

Gostei. Por mim, segue.

abr
jl

hfm disse...

contigo me debrucei.

Isamar disse...

Uma delícia que tem de ser degustada com o prazer dos raros manjares. Que sorte poder desfrutar destas fotografias! lindas! E o poema é-o mesmo. Feito dos teus sentires!

Beijinhos

Vanda disse...

Lindissimo o Peso a Régua...ainda consigo recordar o aroma que se espalha nas ruas ao anoitecer, quando as lareiras se começam a acender...quando as pequenas luzes começam a aparecer desenhadas na paisagem...quando o Douro se veste de ouro e carmim...fecho s olhos e parece que o tempo nunca existiu...a pequena estação ferroviaria do Pinhão...o sorriso afavel daquelas gentes...a imensidão de vinhas...


Só me falta mesmo apanhar o "metro" e ir Tua fora...irei quando a memória for de futuro e não mais me troxer as imagens do passado...Um dia...


Beijo

Anónimo disse...

Há por aqui "uns instantes e momentos" que são fanáticos e pobres: não devem ter dinheiro para comprar "a revistinha do caçula" para passear os olhos. Assim, passeiam-nos nos dos outros!
Rrsss

M. disse...

Tens razão. Havemos de pagar caro o silêncio destas coisas e lugares. Mas talvez ainda haja esperança que os olhares se virem para este lado.