



"To be or not to be" this is still my question
Hoje não há fotografia que me valha! Só se fosse a da "Múmia" toda enfaixada e com frestas de olhos.
Envergonhada. Por não gostar, por não simpatizar. Desde ontem que penso. Habitualmente penso mas desta vez penso que alguém pensou em mim. E eu não sei que fazer.
Três amigos nomearam-me para não sei que troféu tipo americano, um "Award de Pensar", o que ainda me afligiu mais. Vou ser obrigada a pensar sempre, a produzir pensamentos. Ainda por cima pensamento válidos, interessantes, apelativos.
Ora eu que penso como respiro e não quero obrigar os pensamentos a entrar no curro, a não ser que eu esteja disposta ... (e quantas vezes eu: "Ei, pensamentos!" e eles relutantes...)
Ora eu que desapareço atrás da porta e é que não conheço ninguém
(lembro-me do outro, do Frei Luís de Sousa: "Quem és tu?" tam tam tam tam: "Ninguém!")
Eu, simples flor campestre, ou melhor dizendo
- uma orquídea citadina, daquelas armadas que vêm em caixas, de avião, e climatizadas.
Eu que não me distingo entre centenas (e até só comecei há 11 meses, fico de boca aberta com pessoal da pesada que celebra aniversários quase como bodas de prata - ai, eu acho bem e digo tchim tchim, fico espantada mas contente por tanto movimento se basear em nada, quando há tantos movimentos que deveriam cair pela base e não caem).
Enfim, obrigada, mesmo a
- Bomdiaisabel, de lá longe e tão perto, mulher de vários nomes começados por A!!! Adorável...
- S de Diafragma (elemento masculino que muito me honra com as suas chapas)
- A MManuel do Charlas (que já foi máscara azul e gosta de portas como eu) - e vinho fino
Prontos, só ligo ao facto de terem sido estes três seres especiais que me mandaram o repto, com muito mérito deles e meu, eles saberão coisas que eu não sei...
E depois há quem venha pela porta do lado e comente, queridas vénias - e quem venha pela porta do quintal tomar capilé comigo e cochichar... Todos os que vierem por bem.
Preciso é explicar que odeio concursos, todos. Competição. Publicidade, blá, blá, blá
...e sobretudo Awards que me faz lembrar todos aqueles velhotes dos Óscars, combinados nas falas e nos fatos ( e há filmes que são bons mas eu desconfio sempre do tio Sam, às riscas e de dedo em riste) .
Tenho é de dizer que tenho - mais ou menos - a absoluta - mais ou menos - noção do meu tamanho (um metro e 65) e do meu comprometimento com a Beleza e o Pensamento.
À medida que vos vou desfiando, os contos, as fotos, as pequenas palavras como ramos de cheiros.
Pessoas que eu acho queridas, a escrever ou a mostrar que escrevem. O que pensam e o que nos fazem pensar, muitos são! Com as suas solidões por vezes tão espelhadas. Como poderia relevar 5? Cinco no meio de dezenas? Não seria sincera. Seria pontualmente sincera e não quero relógio de ponto.
Tu que me lês, se por acaso sorris, sabes a quem me refiro. Tenho passado no teu sítio e tenho sido correcta e sincera nas apreciações. Digo gosto, é verdade. Se não gosto, cumprimento e desapareço.
Foi assim que sonhei o meu jardim. Um portãozinho de ferro forjado que está suficientemente velho para ranger e me indicar quem entra.
Também tenho "espanta-espíritos" pendurados. Se não for pelo som, sinto o movimento.
Companhias. Disponíveis. Afectuosas.
Muito obrigada, espero poder, e querer, continuar...
Mas em verdade vos digo que não chegariam os 10 dedos das minhas mãos (e agora estão ocupados aqui) para contar as almas doces, almas paralelas ou simplesmente almas que aqui encontrei e que me prezo de AMAR!
Vista geral do Museu Guggenheim de Bilbau (Wikipédia)