sexta-feira, abril 30, 2010

Cortina





Da terra ansiada
e tão longe.
Como tentação numa roda/rota de colisão
de tantas. Gentes e assim.

Talvez um biombo me esconda a realidade.
Talvez só veja desenhos. Um vidro. Fantasmas do devir.
Talvez.

19 comentários:

Maria disse...

Talvez. Mas fiquemos de olhos bem abewrtos. Porque sim!

Beijo.
(também gosto de Bosch...)

hfm disse...

Talvez, pelo que escreves, vejas muito mais do que aqueles que apenas olham a realidade. Muito bom.

Rosa dos Ventos disse...

Ver não é apenas olhar...

Abraço

Licínia Quitério disse...

Mas o que é a realidade? O que os nossos sentidos captam ou outra coisa bem diferente? A cortina, digo, existe.

Beijinho.

Justine disse...

Ai as tentações de ver para além do que nos querem mostrar! Ai a força de ver o que está por trás dos biombos.Saber ver, saber sentir.
Beijo

greentea disse...

fantasmas do devir , sem dúvida...

tulipa disse...

OLÁ AMIGA
É o primeiro 1º de Maio que tenho em casa um "Desempregado" com 62 anos, desde 31 de Julho de 2009...
Não há razões para festejar seja o que for!!!

Acabei de fazer um post sobre o "Dia da Mãe" mas, nada de recordações antigas, pois estou a ser seguida por um psicólogo que me tem ajudado a "cortar" com o meu passado, pois era só sofrimento sempre que "ia ao passado buscar lembranças" e, como perdi a m/Mãe muito cedo, evito voltar a falar no assunto;
a sua memória está muito bem guardada no meu coração, mas falemos de outras coisas...

O meu peito é um autêntico mar de emoções e já apanhei alguns sustos, devo fugir a situações de risco.

Venha buscar um presente que, com todo o meu amor lhe ofereço neste dia especial.

Beijos com carinho.

Celeste disse...

Sempre o vidro, entre nós e o objecto querido, amado...

M. disse...

Há biombos que falam da realidade com desenhos de realidades. Subtilezas.

Alien8 disse...

Talvez sim... :)

jl disse...

"Da terra ansiada
e tão longe"...

Parabéns à Mãe.
abr
jl

Filoxera disse...

Talvez, à espera de Bosch...
Um beijo.

Alberto Oliveira disse...

... a realidade somos nós que a construimos, operários do passado, presente e futuro. Por vezes tapamo-la, porque há realidades que mais parecem sonhos-pesadelos.

(nem acredito que tenha escrito isto! Vou-me já esconder atrás dum biombo)

Alberto Oliveira disse...

... como o comment anterior era o 13º aproveito para deixar adeuses e xi-corações.

Náná, a emergente disse...

A realidade crua e dura.
As almas antigas no presente,
desmentindo a evolução da espécie.


mortos vivos, sim,

na espada, sempre na espada.





Um beijo

Lizzie disse...

Há uma lenda inglesa de uma menina que não conhecia as palavras das gentes,nem da sua terra nem de terra nenhuma.

Deambulava em silêncio pela cidade, pelos bosques e depois recolhia à casa isolada onde vivia com outros seres também ausentes de todas as letras. Lá moravam conchas e outros animais com várias formas de olhar sem tradução para linguagem de pessoas.

A menina desenhava riscos sem fim, sem norte nem sul ou qualquer outra coordenada de entendimento.
Um dia os homens foram devassar a casa da menina. Olharam para os desenhos e fugiram horrorizados e maravilhados com o que viram: não sabiam que eram tão feios nem que faziam coisas tão más, deslumbraram-se com a sua beleza e choraram com a sua ternura.

Viram-se descritos sem ser por palavras, olharam-se através de outros olhos que não os seus.

A lenda continua mas fico-me por aqui.

Talvez a menina fosse o Bosch.
Talvez as cortinas sejam casas onde a memória que fica das coisas seja mais real do que as próprias coisas.
Talvez seja um adereço necessário de revelação ou descanso.
Não faço ideia.
Cada um terá as suas.Tão próprias como a sua própria vida.

(desculpa o lençol mas deu-me para aqui. Faz de conta que estamos à lareira:))

Abraço

Manuel Veiga disse...

talvez sejam teus olhos assombrados. de tanto Futuro...

(na voz embargada da Hora actual)

beijo

audrey disse...

esse Rodin... de torso inclinado.................
nunca mais o vi por lá...

jawaa disse...

Bosh, Oriente e uma pedra linda.
E tu a veres ainda mais longe.
Abraço