Mais uma das "nossas" mulheres a quem o país falhou.
Cheia de graça e de talento.
Em qualquer enciclopédia se encontram os trilhos desta pintora portuguesa, a quem o estado novo - que até nem me apetece escrever com letra "grande" - negou a identidade.
Em 1940, um quadro de Lisboa que executou para a Exposição do Mundo Português, foi recusado.
Em plenos tempos de cólera e guerra, ela e o seu amado marido Árpád Szénes que viviam em Paris, mudam-se para o Rio de Janeiro, visto que em Portugal não os deixam permanecer.
Árpád era pintor, húngaro, judeu e o regime de Salazar ainda lhe acrescentou a suspeita de ser comunista.
Desse tempo e sob a influência da guerra, Helena tem um desenho chamado "Tinha a Cabeça Cheia destas Ideias Tristes".
sexta-feira, março 06, 2009
A Pintora - A Pintura
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M.H.Vieira da Silva
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2 comentários:
Tão doce e melancólico o teu modo de falar deles. Um olhar triste pousado sobre a prepotência e a mesquinhez mental que alguém foi capaz de ter. Como foi possível?, perguntamo-nos.
Infelizmente, não foi "alguém" mas muitos alguéns que ainda hoje subsistem, ou se regeneraram em filhos de.
A mesquinhez acho ser o que está na moda, "uma virose mental". As pessoas não sabem a força que têm, UNIDAS.
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