"Ensaio amargo sobre Petra Von Kant".
Adaptação da peça de R.W. Fassbinder "As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant".
Conhecia o filme, de tempos alternativos 73/74??? donde me salta a imagem andrógena de Hanna Schygulla, a amiga de Petra.
Levada por gente nova, a reflectir sobre teatro e vida.
Noite de muito vento mas tanto entrelaçar humano entre os presentes: Teatro Bocage.
Encenação de Sophie Pinto, com Filipa Leão, Katrin Kaasa e Vanda Cerejo, música ao vivo de Lousy Guru. Magníficos!
"O destino do mundo não é regido pelo amor. Nesse ponto, a mente da mulher está ligeiramente equivocada", diz Fassbinder.
Mas podia...digo eu, mesmo sabendo que não há nenhum caminho de amores perfeitos!
E mesmo que nem sempre as caudas de pavão dos sentimentos se abram, plenas.
domingo, abril 05, 2009
Já que lembrei o Teatro ...
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Teatro Bocage
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12 comentários:
Bettips,
Fassbinder tem razão na primeira parte da frase. Na segunda parte, tenho dúvidas.
Vi o filme nesses anos longínquos, claro, com a sensacional Hanna Schygula.
Viva o teatro!
E um beijo para ti.
Pois, não é, não. E não sei se podia ser... Bem queria acreditar que sim. Talvez o mundo devesse ser governado pelas mulheres. Será que se desfaria o equívoco? **
Pois podia! E não faz mal tentar ir além, pelo contrário! Mas o Fassbinder é lúcido!
Gostei muito do post. Do modo como entrelaças os elementos. Gostos dos teus posts porque são embrulhadinhos em alma!
:))
confesso-me indeciso - entre Fassbinder e o "pavão dos sentimentos".
deixo-te um "amor perfeito". a flor, claro!
beijos
Mas o Fassbinder apessar de tudo fez filmes fascinantes, duros, mas no fundo nao sao realmente pessimistas..... Penso que há muito amor no mundo, mas depende um pouco da definicao de "amor". Nao ha-se de pedir demais as pessoas, mas geralmente tudos dao um pouco, dentro das possibilidades deles...
Que memórias me trazes. Há filmes que nunca saem de nós. Que bom teres visto a peça, agora.
Um beijo.
Não foi no dia 27 de Março, foi a 26 que também consegui festejar a data, assistindo à peça de José Saramago "Que fazer com este livro", levada ao palco por um grupo amador,muito promissor, do concelho de Ourém.
Abraço
Ontem fui ao teatro... já não ia há muito tempo.
Os amores-perfeitos não fazem chorar.
São lindos!
Um abraço
... fizeste-me recuar aos meus verdes (ainda) anos e de uma Lisboa à beira de um acontecimento histórico.
As lágrimas de Petra-Schygulla já se confundem com o boné de Fassbinder na poeira do tempo. Da cidade que primeiro amei, fiquei com alguns bilhetes de eléctrico e vozes (imensas) de revolta às mesas dos cafés. De Abril lembro-me como se fosse hoje.
O que se há-de fazer, se estou para aqui virado?
Sorrisos.
Este teu modo de dizer das coisas tão especial, Bettips, colhendo passageiros da noite no seu passo cadenciado. Gostei muito.
Não sei se me atreva a pôr em causa a expressão de Fassbinder. Nosso contemporâneo (tão jovem despedindo-se deste mundo), e portanto não remetido ao antanho, penso que ela própria (expressão) é um equívoco. Só as mulheres?
Bom, claro que posso compreender a reflexão do realizador... Mas não sei se devo...
Fassbinder esqueceu-se que as mulheres são metade do mundo. Talvez do lado obscuro da lua o destino do mundo seja regido pelo amor. E pelo ódio...
(Peço desculpa pela presunção em questionar o senhor, mas como não tomo água benta... ;) )
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