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Por causa duma imensa falta de beber esperança em ti.
Um "deixa lá...".
Alguma resignação que te discutia porque eu tão pouco conformada.
Mas tinhas um enorme regaço para as minhas tolas explicações, essas de não aceitação e tantas outras.
Mas tinhas um enorme regaço para as minhas tolas explicações, essas de não aceitação e tantas outras.
Como se o teu coração tivesse sido feito à medida do mundo que recebias, dilatando-o para incluir quem mais aparecia com as suas questões de vida.
Foste assim, sempre.
Conheço como em ti se cruzaram, sem nunca se misturarem, os fios de destinos tão diversos. Pudesse eu juntá-los todos e perguntar o que fizeram, afinal, por ti!
Sol que se abria junto ao rio. Divertidas com as figuras de cera ou molhadas pela chuva de Londres por tantas avenidas e pontes que atravessámos.
Faria contigo e pelas nossas fotografias, o roteiro dos dias e dos lugares.
Amor teu pelas coisas. Brotava-te naturalmente tal como o riso nos museus, diante das estátuas onde querias que te fotografasse.
Parávamos frente aos quadros magníficos de que te falava baixinho, arrebatadas por tantos vestígios da beleza ou crueza dos homens.
Curiosidade nossa nas pedras onde se inscreveram séculos de outras culturas.
Espanto teu ao ver-me a emoção, sentada diante do pequeno quadro de Van Gogh, na National Gallery, "Girassóis". Dizias que nunca tinhas visto chorar por olhar um quadro, ainda por cima de flores! E como te explicar que era só o ter preenchido, na realidade de estar ali com ele, uma antiga e vaga imagem num livro?
Do teu gosto aprendiz do meu conhecimento.
Da ternura amiga, preservar o nosso tempo numa fase cortada.
Numa face incompleta.
Para sempre.
Para sempre.